Importa fazer desde já uma breve e sucinta reflexão sobre se o atleta açoriano Iuri Medeiros deve ou não ficar no clube de Alvalade e seguir os destinos de Jesus. É fácil constatar que Medeiros tem registado, pelos clubes onde tem sido emprestado nas últimas três temporadas – Arouca, Moreirense e Boavista (por esta ordem) – um claro amadurecimento das suas características técnicas e táticas. Na época passada, representando o emblema do Boavista, acabou mesmo por se revelar um verdadeiro jogador ofensivo, perspicaz no auxílio da equipa nos momentos de transição para o ataque, exímio rematador e alguém com boa leitura de jogo. Isso culminou em bons registos por jogo realizado: das 30 presenças em jogos oficiais pela equipa axadrezada, Iuri Medeiros marcou 8 golos.

Fonte: Sporting CP
A sua prestação no emblema do Boavista acabou, precisamente isso mesmo, por estar na antecâmara do seu regresso a Alvalade nesta temporada 2017-18, disputando mesmo alguns jogos da pré-época leonina. Foi também muito provavelmente sobre o Bessa que os holofotes desses emblemas internacionais que agora o seguem e procuram estiveram acessos enquanto o Boavista jogava e Medeiros brilhava. Mas agora, com o início da temporada e, sobretudo, pelo facto de Iuri Medeiros não constar da lista de convocados de Jorge Jesus para o jogo inaugural em Vila das Aves, o ponto de interrogação sobre a sua permanência neste plantel leonino surge novamente, tal como nas anteriores temporadas. Essa incógnita traduz-se em três caminhos possíveis: 1. Ou fica no plantel leonino às ordens de JJ; 2. Ou é emprestado a mais um emblema (tal como aconteceu nos anos transatos); 3. Ou, por fim, transfere-se em definitivo para outros emblemas do futebol nacional ou internacional, cortando o seu cordão umbilical à casa que o formou e o viu crescer como jogador. Das três, uma.