CF Estrela da Amadora 0-1 FC Penafiel: No regresso dos adeptos, faltou a “estrelinha”

    A CRÓNICA: COM MUITA VONTADE DE PARTE A PARTE, FC PENAFIEL ELIMINA CF ESTRELA DA AMADORA

    Neste jogo a contar para a segunda fase da Taça da Liga, o FC Penafiel começou melhor, chegando com facilidade à grande área do CF Estrela da Amadora e assustando os visitados por três vezes nos primeiros cinco minutos.

    Ambas as equipas eram agressivas e queriam ter bola, mas o Penafiel ia-se superiorizando e, aos nove minutos, após um remate desviado, acertou no poste da baliza de Nuno Hidalgo. A toada do jogo começou depois a alterar-se, com o Estrela da Amadora, muito através de bolas longas, a conseguir aproximar-se da baliza do FC Penafiel.

    Quando a equipa treinada por Pedro Ribeiro já parecia incapaz de criar ocasiões de golo, conseguiu marcar. Passe “a matar” de Robinho na ala esquerda, ao qual Roberto, num remate em esforço, respondeu da melhor maneira e deu a vantagem aos visitantes.

    No entanto, o Estrela não se deixou ir abaixo e ainda na primeira parte enviou uma bola ao poste (através de Tipote) e introduziu o esférico na baliza de Caio Secco, mas o golo foi anulado por fora de jogo.

    No início da segunda parte, o Estrela não perdeu tempo para atacar a baliza adversária; no entanto, rapidamente se percebeu que a equipa jogava mais com coração do que com ponderação.

    O FC Penafiel estava confortável no jogo, defendendo bem o resultado e não descurando as tarefas ofensivas. O Estrela tentava incorporar Xavi, o criativo da equipa, nas suas jogadas de ataque, mas o jogador foi sempre bem defendido pela defesa do FC Penafiel.

    Após substituições dos dois lados, o Estrela criou a sua melhor oportunidade do jogo: o recém-entrado Miguel Rosa desmarcou Gonçalo Maria, que rematou com força, mas a bola não entrou na baliza devido à excelente intervenção de Caio Secco.

    Com os minutos a avançarem, a equipa da casa bem tentou forçar o golo, mas o FC Penafiel foi uma equipa muito competente e ainda esteve perto de marcar o segundo. Até ao final do jogo, apesar de muita insistência do Estrela, o FC Penafiel soube defender o resultado e avançar para a fase de grupos da Taça da Liga.

     

    A FIGURA

    Roberto – O avançado da equipa do FC Penafiel, para além do golo marcado, foi sempre incansável no trabalho sem bola, tanto a baixar para vir buscar jogo, como nas batalhas da desmarcação com os centrais do Estrela.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Sebastião Rôxo / Bola na Rede

    Xavi – o médio mais criativo da equipa do Estrela acabou por não ter uma manhã feliz. A passar muito ao lado do jogo na primeira parte, não conseguiu ser perigoso quando teve bola nos pés. Acabou por ser substituído logo ao início da segunda parte.

     

    ANÁLISE TÁTICA – CF ESTRELA DA AMADORA

    Os comandados de Rui Santos apresentaram-se num sistema 3-5-2 que, no momento defensivo, transformava-se num 4-4-2, com Sérgio Conceição a fechar o lado direito e Edu Duarte o lado esquerdo, fazendo assim uma última linha de defensiva de quatro jogadores, juntamente com Matheus Dantas e Mamadou Traoré.

    No plano ofensivo, na primeira parte, as poucas situações ofensivas da equipa, desenharam-se essencialmente pelo lado direito do ataque, com Sérgio Conceição muito interventivo na manobra ofensiva da equipa.

    Na segunda parte, e já com a necessidade de ir atrás do resultado, a equipa do Estrela procurou mais o jogo direto para chegar à baliza do Penafiel.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Nuno Hidalgo (6)

    Mamadou Traoré (7)

    Matheus Dantas (6)

    Edu Duarte (6)

    Sérgio Conceição (6)

    Horácio Jau (6)

    Xavi (5)

    Aloísio (6)

    Gonçalo Maria (6)

    Tipote (6)

    Fabrício (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Paulinho (6)

    Diogo Pinto (6)

    Miguel Rosa (7)

    Reko (5)

    Lubega (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PENAFIEL

    A equipa de Pedro Ribeiro, a entrar num 4-3-3 que, no decorrer do jogo, muitas das vezes virava um 4-4-2, com Robinho a cair muito sobre lado esquerdo do ataque do Penafiel.

    Destaque para a grande mobilidade e dinâmica de Rui Pedro e Roberto, que na primeira parte causou muitas dificuldades à defensiva estrelista.

    No capítulo defensivo, a equipa do Penafiel apresentou, principalmente na primeira parte, grande intensidade defensiva, com os homens da frente sempre a tentar provocar o erro aos defesas.

    Na segunda parte, e na liderança do jogo, o técnico Pedro Ribeiro baixou um pouco mais as linhas, e fez entrar mais um central, criando assim uma última linha defensiva com cinco jogadores, o que dificultou muito a manobra ofensiva do Estrela.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Caio Secoo (7)

    Edson Farias (7)

    Capela (7)

    Silvério (7)

    Simão (7)

    Robinho (8)

    João Amorim (6)

    Zé Valente (7)

    Rui Pedro (7)

    Roberto (8)

    Feliz (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Leandro Teixeira (6)

    Ruca (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    CF Estrela da Amadora

    BnR: “Boa tarde míster! Na semana passada, vimos a equipa do Estrela a jogar muito sobre o lado esquerdo do ataque, procurando muito o Tipote e a ser a partir desses movimentos que criou as melhores oportunidades. Hoje, a equipa procurou mais a largura do Sérgio, com o Xavi a cair muito também para o lado direito do ataque. Pergunto-lhe qual foi a sua abordagem ao jogo de hoje?

    Rui Santos: “Os jogos são todos diferentes, e eu achei que no jogo de hoje poderíamos tirar mais vantagem atacando mais pelo lado direito, isto principalmente na primeira parte. Mas é assim, cada jogo tem a sua estratégia e a sua história, e hoje a nossa abordagem foi esta.”

     

    FC Penafiel

    BnR: Boa tarde míster! Assistimos, principalmente na primeira parte, a muitas trocas de posição entre o Roberto, o Rui Pedro e o Robinho. Na sua opinião, acha que esse foi um dos fatores decisivos para que o Penafiel conseguisse sair daqui com a vitória?

    Pedro Ribeiro: “O fator decisivo foi a mentalidade da equipa, foi perceber que ia defrontar uma equipa com muita qualidade e interpretar bem aquilo que tinham de fazer. Quanto a essas trocas posicionais, as estruturas valem o que valem, são pontos de partida e a dinâmica da equipa é que dá vida às estruturas. Naturalmente essas trocas e essa mobilidade na frente é algo que trabalhamos e queremos que surja, e acredito que vai surgir ainda melhor nos próximos jogos.”

     

    Rescaldo da opinião de Afonso Viana Santos e Gonçalo Tomaz

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