Berço SC 1-2 Belenenses SAD: Ndour decidiu quando menos se esperava

    A CRÓNICA: VIMARANENSES AGUENTARAM 120 MINUTOS, MAS ACABARAM POR SOFRER NO ÚLTIMO SUSPIRO

    Na terceira eliminatória da “Prova Rainha” do futebol português, a primeira que inclui clubes do primeiro escalão, o Berço SC recebeu na sua “casa” o primodivisionário Belenenses SAD. O Berço chegou a esta fase depois de eliminar o GD Joane, da Pró Nacional da AF Braga, e o Limianos, equipa que à semelhança dos vimaranenses, milita no Campeonato de Portugal.

    Num jogo que começou com um atraso de dez minutos, as oportunidades também teimavam em não aparecer. Na primeira meia hora, o Belenenses SAD foi tendo mais bola, algo que não está muito acostumado a ter nos jogos do campeonato português. Não se sentiu muito confortável nesse momento do jogo e o perigo relativo que foi criando surgiu através de lances de bola parada. O Berço foi tentando aproveitando as perdas de bola da equipa forasteira para sair em transições rápidas, mas sem qualquer sucesso.

    Depois de várias paragens no jogo, com três substituições por lesão, duas no Belenenses e uma no Berço, surge o golo que inaugurou o marcador e logo com dois recém-entrados no lance. Chima entrou, lançou longo para a área para a cabeça de Abel Camará, Marçal defendeu para a frente, Safira rematou contra um defesa e, só à terceira, Afonso Sousa bateu o guarda-redes adversário, mudando o marcador para 0-1, à passagem do minuto 39.

    A segunda parte iniciou-se de uma forma um pouco diferente daquilo que foi a primeira, com um Berço mais pressionante e intenso sem bola, tentando chegar ao empate. Empate esse que iria chegar já muito perto da meia hora de jogo da segunda parte. Livre a meio de meio-campo defensivo do Belenenses SAD, eximiamente cobrado por Davide, acabou na cabeça do capitão Mota, que desviou para o fundo das redes da baliza defendida por Luiz Felipe.

    O jogo continuou muito dividido, com o Belenenses SAD a tentar reaver a sua liderança no marcador, mas com o Berço muito organizado e também a não se remeter apenas à defesa, criando perigo quando para isso tem espaço. Até ao final, nenhuma grande oportunidade e o jogo acabou com a igualdade, seguindo-se o prolongamento.

    Numa primeira parte de prolongamento que foi uma réplica dos últimos 15 minutos da segunda parte, as oportunidades foram nulas e o resultado manteve-se igual, deixando pronuncio que os penaltis iriam ser a forma de se decidir esta partida.

    Já em cima do minuto 120, eis que apareceu o golo que acabou com a partida. Jogada pela esquerda do ataque do Belenenses SAD, cruzamento rasteiro para a área, Abel Camará deixa a bola passar e Ndour remata para o fundo das redes, desbloqueando o empate para a equipa forasteira. Ainda antes do final do encontro, Joyce viu o cartão vermelho, deixando assim o Berço acabar o jogo com 10 unidades.

    O Belenenses SAD passa assim esta eliminatória, confirmando o favoritismo que tinha à entrada para este jogo.

     

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Ndour – Decisivo. O jogo não lhe estava a correr de feição, mas resolveu o jogo em cima do minuto 120. O Belenenses SAD deve-lhe muito do que foi a passagem à próxima eliminatória.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Rafael CamachoEsteve muito apagado até ser substituído, aos 33 minutos. Não estava a ser eficaz no drible e não usou a sua velocidade para desequilibrar a defensiva adversária. Pedia-se mais.

     

    ANÁLISE TÁTICA – BERÇO SC

    O Berço alinhou num 4-1-3-2, que muitas vezes se foi transformando num 4-4-2, principalmente em processo defensivo. Gonçalo e Joyce tomaram conta do eixo defensivo, enquanto Fernando e Jota foram os laterais. Agyemang foi o pivô do meio-campo, com Pedro Silva como segundo médio. Davide e Túlio ocuparam os corredores, enquanto Mota e João Victor foram os homens mais adiantados.

    Numa primeira fase de construção a equipa tentou sair a jogar pelo central esquerdo, Joyce, que é o melhor tecnicamente, mas quase sempre foi obrigado a jogar longo, pela pressão alta do adversário. Teve um jogo quase sempre mais defensivo, aproveitando transições para criar perigo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marçal (5)

    Jota (5)

    Joyce (6)

    Gonçalo (5)

    Fernando (5)

    Agyemang (6)

    Túlio (6)

    Mota (7)

    João Victor (5)

    Davide (7)

    Pedro Silva (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Miguel (5)

    Dani (6)

    João Morais (5)

    Joel (6)

    Sampaio (5)

    Henrique (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – BELENENSES SAD

    O Belenenses SAD apresentou-se no habitual 3-4-3, que varia muito para um 3-5-2 e que, num processo defensivo, acaba por ser um 5-2-3. Tomás, Danny e Yohan foram o trio defensivo, enquanto Varela e Carraça tomaram conta dos corredores. César Sousa e Afonso Sousa foram os médios, com Pedro Nuno no corredor direito, muitas vezes a jogar por dentro, e Safira e Camacho no centro e corredor respetivamente.

    O Belenenses, convidado a ter a iniciativa do jogo, foi tendo mais bola e jogou muito tempo em ataque posicional, na tentativa de desmontar a defesa adversária. Nã falta de sucesso nesse momento do jogo, criou mais perigo através de bolas paradas, momento através do qual se conseguiu colocar em vantagem no marcador.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Luiz Filipe (5)

    Tomás Ribeiro (5)

    Yohan (5)

    Danny Henriques (6)

    Nilton Varela (5)

    Carraça (6)

    Camacho (3)

    Cesar (6)

    Pedro Nuno (6)

    Afonso Sousa (7)

    Safira (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Camará (5)

    Chima (6)

    Sithole (5)

    Ndour (8)

    Mota (5)

    Cafu (5)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Berço SC

    BnR: “É certo que as vitórias morais valem o que valem, mas sai daqui satisfeito com o comportamento da sua equipa, apesar da eliminação?”

    Ricardo Martins: “Foi uma vitória dos nossos processos e da qualidade desta equipa. Não conseguimos a passagem à próxima eliminatória, mas estamos muito orgulhosos do trabalho que fizemos. Estamos em evolução constante e é nestes jogos que os nossos jogadores e equipa evolui.”

     

    Belenenses SAD

    BnR: “Decidiu não abdicar da linha de 3 centrais, mesmo quando perdeu o Tomás Ribeiro. A estratégia passava por dar mais profundidade nos corredores, visto que o Berço estava a dar mais espaço na linha e fechava muito a zona central?”

    Petit: “Identificamos que o Berço defendia muito em losango e fechava muito a zona interior e tentamos explorar o espaço que deixavam nos corredores laterais, com o Nilton e o Carraça mais projetados para atacar. Tivemos algumas dificuldades, principalmente na circulação de bola pelos centrais, que foi muito lenta, e não conseguimos criar o perigo que pretendíamos.”

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    Francisco Moreira e Silva
    Francisco Moreira e Silvahttp://mariooliveira
    O Francisco é natural de Santo Tirso. Encontra-se a tirar uma licenciatura em Ciências da Comunicação, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Sempre teve uma paixão enorme pelo deporto, sobretudo pelo futebol. Tem também um gosto especial pelo basquetebol, mais concretamente NBA. Jogou futebol durante 13 anos, mas agora é na vertente do treino que vai continuando o bichinho pela modalidade.