Varzim SC 1-0 SC São João de Ver: Ajuste de contas feito, Varzim na próxima eliminatória

    A CRÓNICA: POVEIROS EFICAZES VINGAM DERROTA DO CAMPEONATO

    Em duelo entre duas equipas da Serie A da Liga 3, o Varzim SC recebeu o SC São João de Ver, num final de tarde chuvoso na Póvoa, à procura de “vingança” pela derrota que os visitantes aplicaram para o campeonato.

    O líder da Serie A era o favorito para este jogo apesar da derrota anterior contra a formação de Santa Maria da Feira e demonstrou-o no início do jogo. O Varzim cedeu tomou a iniciativa de jogo e dominou a posse de bola na fase inicial do jogo. Através das bolas paradas a equipa da casa foi ameaçando e foi através duma que João Vasco fez o primeiro remate à baliza, perto dos dez minutos.

    A equipa do S. João de Ver entrou na expetativa, mas com muita agressividade na pressão ao portador da bola quando o Varzim chegava ao seu meio-campo. No entanto, Henrique Nunes não parecia muito satisfeito com o começo de jogo da sua equipa.

    O Varzim teve as rédeas do jogo e a equipa visitante foi sentindo algumas dificuldades para impor o seu jogo na primeira parte, procurando surpreender os poveiros com bolas longas e transições rápidas.

    A bola esteve maioritariamente do lado da equipa da casa, mas até ao intervalo foi a equipa visitante a criar mais oportunidades em ataque rápido. Num período em que estavam a ter mais dificuldades a chegar a área e minutos antes tinham visto a equipa do S.  João de Ver chegar com perigo à sua baliza, o golo chegou mesmo para a equipa de Tiago Margarido aos 42’ minutos, por Iván Quivira.

    O golo galvanizou a equipa, que criou logo a seguir uma grande oportunidade de golo, depois de um excelente passe de Rui Areias para finalização. Embateu, contudo, em Mário Évora. Ao intervalo o marcador estava em 1-0 e o resultado era demasiado penalizador para a organizada equipa de Santa Maria da Feira.

    O João de Ver entrou na segunda parte com vontade de corrigir o resultado e procurou ter mais iniciativa, com o Varzim bem posicionado e a conseguir evitar situações de perigo. As oportunidades acabaram por ser escassas de parte a parte e o resultado não se alterou.

    Foi um segundo tempo menos bem jogado que o primeiro, com mais pausas para assistência e muitas faltas que não permitiram que o jogo decorresse de forma fluida. Ainda assim, os visitantes tiveram a oportunidade de mudar a sua sorte a dez minutos do fim, mas Ricardo Nunes travou o cabeceamento que tinha selo de golo e fixou o resultado.

     

    A FIGURA

    Iván Quivira – Não só pelo golo, mas o médio ofensivo espanhol acabou mesmo por ser o elemento diferenciado do jogo. Qualidade no toque, qualidade na tentativa de procurar o adversário, o golo é um prémio justo para a exibição de Quivira.

    FORA DO JOGO


    Acerto no ataque visitante – Mesmo com tantas mudanças e não começando com o seu maior goleador, podia ter sido uma noite feliz para o S. João Ver se conseguisse ser mais eficaz na finalização. Não conseguiu aproveitar as oportunidades que criou e sai do jogo com a sensação que podia ter avançado.

     

    ANÁLISE TÁTICA – VARZIM SC

    A formação alvinegra alinhou num 4-4-2, com uma dinâmica ofensiva e de tentar colocar vários jogadores em zonas de finalização. Os extremos procuraram dar largura até aos laterais subirem e a partir daí deslocavam-se para zonas mais interiores.

    Em ataque posicional os lobos do mar colocavam quase sempre quatro jogadores em posições mais avançadas. Rui Areias baixou várias vezes para procurar receber e desmarcar os alas e atacar o espaço existente, o que resultou em algumas perdas de bola.

    Ao defender, defendeu com uma linha alta mantendo o esquema, baixando um pouco após o 1-0. Procurou pressionar em zonas adiantadas e com coberturas, com a sua linha defensiva a defender à zona.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ricardo (6)

    Tito Junior (7)

    João Faria (7)

    Julián Bonilla (6)

    Cerveira (6)

    Moreira (6)

    Jorge Vilela (6)

    Iván Quivira (8)

    João Vasco (6)

    Joãozinho (6)

    Rui Areias (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Bruno Bernardo (6)

    Onyeka (7)

    Diogo Ramalho (6)

    Latón (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC SÃO JOÃO DE VER

    A equipa de Henrique Nunes alinhou em 4-2-3-1, com Mário Évora a assumir a titularidade na baliza e que viu a equipa visitante fazer nove mudanças no seu onze.

    Na frente de ataque, Miguel Villarroel, Diogo Pereira e Rhyan eram os principais agitadores do jogo e colocaram muita vertigem nas suas ações, causando muitos calafrios ao Varzim.

    O goleador máximo da prova, Tamble, entrou ao intervalo para o S.João juntamente com Léo Cá para tentar levar a “água ao seu moinho” e dar mais acerto na finalização, mas não tiveram o espaço que os seus colegas conseguiram ter na primeira parte.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Mário Evora (6)

    Rúben Silvestre (5)

    Diogo Gomes (5)

    Weliton Matos (5)

    Pedro Santos (5)

    Edu Duarte (5)

    Diogo Barbosa (6)

    Daniel (5)

    Diogo Pereira (5)

    Miguel Villarroel (6)

    Rhyan (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Tomble (5)

    Léo Cá (5)

    Francisco Ferreira (5)

    Filipe Maio (6)

    Sinisterra (5)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Varzim SC

    BnR: Depois desta vitória e do apuramento conseguido para os oitavos de final, tem como objetivo e expetativa chegar ainda mais longe?

    Tiago Margarido:  Nós na competição, na Taça de Portugal, estamos sempre reféns daquilo que é o sorteio. A sorte vai ditar muito daquilo que é o próximo adversário, neste caso do que nos vai sair no sorteio. O nosso objetivo é sempre seguir em frente, seja qual for o adversário, mas sabemos de antemão que o nível do adversário pode fazer a diferença. Portanto, o sorteio será muito importante naquilo que será a nossa caminhada nesta Taça de Portugal.

    S. João Ver

    BnR: Sente que com os jogadores que habitualmente costumam jogar, a eficácia poderia ter sido outra na primeira parte?

    Henrique Nunes: Logicamente que se tivéssemos tido uma semana de trabalho normal provavelmente não daria as oportunidades que dei a tantas jogadores, porque foi realmente uma mudança radical em relação ao onze que tem vindo a jogar. Mesmo neste onze, na equipa que trouxemos, não trouxemos o Poulsen e o Grilo. São bons jogadores, são titularíssimos na nossa equipa, mas isso não quer dizer nada.  O Dani não tem sido titular e fez um excelente jogo, portanto, por isso é que eu digo, nós com os titulares podíamos não ter feito um bom jogo. Estando nós mais rotinados com aquele 11, podíamos ter feito mais mossa.

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    Fernando Coelho
    Fernando Coelho
    Jogador de futsal amador, treinador de bancada profissional. A aprender diariamente, acredita que o desporto pode ser diferente. Escreve com acordo ortográfico.