Força da Tática: O cérebro azul e branco #2

    Depois de analisar a liderança de Moncho López, as preferências do técnico espanhol perante o seu modelo de jogo e aquilo que ele pede na organização ofensiva da equipa azul e branca, iremos avançar para a segunda fase da análise. Aqui, iremos abordar as referências defensivas do treinador portista e a organização defensiva proporcionada pelo próprio.

    ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA

    O FC Porto defende com grande intensidade no campo todo, iniciando a primeira fase da sua organização defensiva com grande pressão no portador da bola. Fruto das características físicas dos jogadores, a juntar à disciplina organizada e «agressiva» impulsionada por Moncho López, a equipa azul e branca tinha tudo para ser a equipa com melhor recorde defensivo da liga, ficando contudo bem atrás do esperado, terminando o campeonato com uma média de 75 pontos sofridos por jogo.

    Todavia esta média menos bem conseguida, o FC Porto demonstrou fundamentos, e grande versatilidade no momento de defender, ao atacar as vulnerabilidades do adversário.

    Ora, alternando entre uma defesa ao homem, para uma defesa à zona (por vezes), o técnico espanhol demonstrou estar à altura da responsabilidade, sendo que neste momento do jogo, o treinador azul e branco sempre apresentou ser dos melhores ao nível nacional.

    Na defesa a campo todo, o clube azul e branco conseguiu perturbar as ações dos jogadores adversários, obrigando inúmeras vezes o oponente a lançamentos de difícil concretização. Não obstante, para realizar de forma efetiva este momento defensivo, o FC Porto tem que evoluir na conquista dos ressaltos defensivos, ao passo que com tantos postes de grande preponderância física, é imperativo que o FC Porto seja a principal equipa a dominar neste aspeto.

    Em oposição, os azuis e brancos são apenas a quarta melhor equipa na conquista do ressalto defensivo atrás da UD Oliveirense, SL Benfica e Sporting CP. Na defesa à zona, o FC Porto costuma optar por uma defesa 3×2, não só para diminuir o desgaste físico e mental da equipa, como também para exibir um constrangimento abrupto ao adversário.

    Aqui, o FC Porto com dois postes de referência perto do cesto e com 3 jogadores exteriores ativos a impedir o lançamento exterior obteve uma taxa de sucesso interessante, todavia seja uma defesa com as suas naturais deficiências, que podem ser aproveitadas pelo oponente.

    A contribuir para a sua disciplina tática, Moncho contou com jogadores de elevado conhecimento estratégico e grande comprometimento perante o delineamento tático apresentado.

    Desde logo, os jovens jogadores (com mais minutos na equipa) Voyto e Amarante apresentaram poucas falhas a este nível, demonstrando ter as bases e os fundamentos defensivos bem enraízados no seu jogo. Mentalmente, no geral, a equipa do FC Porto apresenta-se forte, com jogadores que atuam em alta intensidade e tendem a ser agressivos quer no jogador com bola, quer no jogador alvo sem bola (o jogador que poderá receber a bola com mais perigo). Entre os jogadores que se destacam nesta vertente do campo, destacamos o norte americano Preston Purifoy.

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.