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Força da Tática | Sporting CP x FC Porto: Levantar a cabeça e aprender com os dragões

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Eram sete, mas poderiam ser quatro os pontos de diferença entre Sporting e FC Porto, tal a incapacidade da equipa da casa faturar nos momentos decisivos do encontro. Mas… analisar o jogo apenas e só pela falta de eficácia do Sporting, seria redutor, para a capacidade de uma equipa do Porto, gigante ao nível da atitude, da maturidade competitiva e do sentido de se fazer responsável perante os mais variados cenários.

O jogo foi rico em vários domínios. Comecemos pelo tático, na constituição dos onze titulares: FC Porto com várias emendas na equipa, montou uma estratégia de prevenção, ao nível do fechar os corredores laterais, levando Galeno, sobretudo Galeno, a jogar uma parte “à defesa”, colando-o a Bellerín. Do outro lado, ligeiramente diferente, com o André Franco a fechar o espaço do médio que ia buscar a bola no corredor do lado direito, entregando o João Mário a Fatawu. Pepê com liberdade no corredor central ,e Grujic com Uribe em duplo pivot atentos às desmarcações sem bola dos jogadores da frente do Sporting. O Sporting apostou na estreia de Bellerín e Fatawu na esquerda. Porquê? Na nossa opinião, não foi só a confiança de Ruben Amorim nos dois jogadores, poderá também ter sido a leitura que o treinador fez sobre o futuro do jogo e aquilo que o FC Porto iria fazer com o decorrer do jogo.

Trincão foi aposta mas passou ao lado do jogo, e isso parece-nos ter sido a primeira de muitas leituras que Rúben Amorim, fez do banco. É claro que o treinador faz muitas leituras no decorrer do jogo, mas este jogo foi peculiar, por uma nuance: as ideias iam aparecendo na cabeça de Rúben Amorim e o próprio deu sempre o passo para as implementar, mudando a variabilidade contextual que já por si é muito rica, dentro de um jogo de futebol. Isto é, quis agitar as aguas com as aguas já agitadas.

Numa primeira fase do jogo, as duas equipas viviam muito da pressão dos seus jogadores no 1/3 atacante do adversário. Ia ganhando ligeira vantagem o Sporting, pois o número de bolas recuperadas era superior. A equipa do Porto, aqui e acolá criou 2/3 situações claras de golo. Mas as melhores situações, mais claras e também mais bonitas, pertenceram ao Sporting. Ora Diogo Costa, ou o corpo dos defesas portistas, impediam que a equipa da casa, começasse em vantagem no marcador.

Pressão do Sporting CP / Fonte: Sport TV

E agora olhamos para o outro lado:

Pressão do FC Porto / Fonte: Sport TV

Do ponto de vista estratégico, Sérgio Conceição com certeza apostou na manutenção de posse bola, pois ao passar muito tempo a defender, as trocas posicionais e o carrossel do Sporting poderiam fazer estragos. Só no início da 2ª parte, isso se veio a manifestar. Na primeira parte, só quando Taremi de deslocava para o setor central para um dos corredores, permitia a equipa descansar com bola, pois não era defendido pelo Sporting, que se encontrava amarrado pelos sistemas de marcações sobretudo nos corredores laterais aos defesas e extremos da equipa do FC Porto.

Aprender com o Porto, também pode ser interpretar o jogo defensivo que Sérgio Conceição conseguiu incutir neste jogo em particular. Outra equipa, colocaria uma linha defensiva de 5 ou até mesmo de 6 em Alvalade. É certo que a qualidade e o valor dos jogadores do FC Porto é de nível superior, mas esta forma defender pode potenciar “ escola” em futuros adversários do Sporting, em Alvalade.

Ruben Amorim tira Trincão e coloca Paulinho, tira Fatawu e Bellerín e coloca Nuno Santos e Esgaio, ainda com 0-0. Paulinho para se ligar a Marcano e Chermiti a colocar pressão em Pepe, para os  duelos 1×1 e refrescou os corredores laterais. Com o 1º golo do Porto, troca o desgaste de Mateus Reis, já a pensar na colocação de Coates na frente, colocando Diomande e Arthur para ser mais incisivo no corredor lateral direito, por troca com o recém entrado, Ricardo Esgaio.

Com o golo, a equipa do Porto fecha a hipótese às transições perigosas do Sporting.

FCP a fechar num 1\3 defensivo, abdicando do corredor lateral “morto” / Fonte: Sport TV

O Sporting não desistiu, não vai desistir e tem uma equipa com grande qualidade para o presente e futuro, mas será importante perceber que os detalhes também podem ser trabalhados, porque eles também fazem parte do modelo de jogo que Ruben Amorim quer incutir nesta equipa. A maturidade competitiva da sua linha defensiva e inexistência de médios de combate para o meio, que dê asas à mobilidade atacante são dois aspetos urgentes a melhorar.

Artigo da autoria de Paulo Robles

Redação BnR
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