Jogadores Que Admiro #79 – Marco Reus

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    O ‘Rolls Royce’ alemão é a alcunha de Marco Reus devido ao seu apelido. Na língua do seu país, Reus lê-se ‘Royss’ e a sua qualidade (a do jogador) valeu-lhe uma alcunha que simboliza prestígio, velocidade e luxo.

    Nascido na cidade berço do clube que representa e onde começou a mostrar que é bom de bola. Em 2000/01 começou nos juniores D sub-13 a surpreender vestido de amarelo e preto. Por lá ficou durante cinco anos a encantar o clube do coração até trocar Dortmund por uma região vizinha, Ahlen. Acabou a sua formação/ ao serviço do RW Ahlen, além de se estrear profissionalmente pelo mesmo clube em 2008/09, embora que a jogar pela segunda liga alemã. Ao ser um jogador usualmente utilizado (jogou 28 dos 35 jogos disputados pela equipa) e a marcar uns humildes quatro golos, fez-se mostrar a um outro Borussia, o Borussia Mönchengladbach, e uma outra fase da vida do futebolista iniciou.

    Tinha 21 anos quando se estreou pela principal liga na Alemanha pelo clube que o catapultou para o topo do futebol internacional. Foi na sua última temporada que se fez mais destacar, ao marcar 21 golos nos 37 jogos que disputou, ajudando a sua equipa a ficar no quarto posto da tabela classificativa. No entanto, o bom filho a casa torna e chegava a altura de voltar para ajudar o clube que o formou. O Borussia Dortmund pagou 17,10 milhões de euros pelo passe do jovem de 24 anos.

    A chegada de Marco Reus trouxe versatilidade, velocidade e qualidade à equipa orientada por Jürgen Klopp, bicampeã alemã na altura. O Dortmund pretendia atacar o tricampeonato e confiou no jovem alemão para os ajudar. Infelizmente, não conseguiram, ficando atrás do Bayern Munique. Mas o trio Reus-Götze-Lewandowski fez estragos na Europa, levando-os a alcançar a final da Liga dos Campeões, frente aos campeões alemães, precisamente.

    Em 2013, Reus foi uma das estrelas do Dortmund na Liga dos Campeões. A desilusão foi grande ao perder 1-0 frente aos bávaros na final Fonte: Flickr
    Em 2013, Reus foi uma das estrelas do Dortmund na Champions. A desilusão foi grande ao perder 1-0 na final com os rivais bávaros
    Fonte: Flickr

    Aquele foi o ano de Reus que ficou nas bocas do mundo, e deixou os grandes clubes europeus a salivar por um Rolls Royce na sua equipa. A partir daí, a hegemonia da equipa de Munique consolidou-se na Alemanha, não permitindo que Marco Reus levanta-se o troféu de campeão uma única vez, o Dortmund perdeu o balanço na Europa e nunca mais voltou a passar dos quartos de final da competição. O ímpeto perdeu-se, o treinador abandonou o barco em busca de novos mares, o colega Götze mudou para o clube que vencia na Alemanha, e o goleador Lewandowski fez o mesmo. Reus acabou por ser o único do trio maravilha que se manteve nos auri-negros.

    Reus, sendo uma grande promessa alemã, um jogador de tanta qualidade não deveria espantar pelo número de jogos disputados pela seleção alemã, mas, e pelas piores razões, espanta: 29 jogos desde 2011. Uma onda de lesões graves antes das grandes competições de seleções impediram-no sistematicamente de defender as cores da Mannschaft nos grandes palcos. Não participou no Mundial 2014 nem no Europeu de 2016, colecionando apenas o Europeu de 2012 ganho pela Espanha.

    No entanto, não foi apenas as suas participações pela seleção que ficaram prejudicadas, acabando por deixar de jogar pelas mesmas razões pelo clube, deixando muitas vezes o lugar vago.

    Marco Reus é um jogador de topo mundial, mas tornou-se uma eterna promessa devido às lesões que enfrentou (e enfrenta atualmente. Só volta a jogar em 2018). Um jogador que tem uma qualidade técnica e tática fantástica que se podia manter no top 5 dos melhores jogadores da sua posição por anos a fio, mas algo que ultrapassa qualquer um não o permitiu. Apesar de saber que não representa o que podia representar no mundo do futebol, sei o que me atrai na sua forma de jogar, sei que poderia ser mais do que aquilo que é atualmente. Entristece-me ver um jogador como o Marco Reus passar ao lado de uma grande carreira devido a situações tão injustas. Apesar de tudo, não deixa de ser um jogador que adoro ver jogar, que reconheço valor e um jogador que admiro.

     

    Foto de Capa: Facebook Oficial de Marco Reus

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    Pedro Afonso Estorninho
    Pedro Afonso Estorninhohttp://www.bolanarede.pt
    Desde pequeno que o Benfica faz parte da vida do Pedro Estorninho. Avô e pai benfiquistas deixaram-lhe no sangue a chama das águias. A viver nos Açores nunca teve muitas oportunidades de ver o clube ao vivo, mas os estudos trouxeram-no à capital, onde pode assistir de perto aos jogos do tricampeão. A paixão pela escrita sempre foi algo dentro dele que nunca conseguiu mostrar e surge agora a oportunidade de juntar o melhor dos dois mundos.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.