O Passado Também Chuta: Os irmãos Laudrup

    Michael e Brian Laudrup são unanimemente considerados dois dos melhores de sempre do futebol dinamarquês. Michael é denominado o Rei da Dinamarca, mas foi Brian um dos vencedores do Euro 92, o único título que a seleção venceu até aos dias de hoje.

    Os irmãos Laudrup marcaram a história do futebol dinamarquês, tendo ambos jogado no inicio da carreira ao serviço do Brondby IF, sendo que Michael fez a sua formação no extinto Kjøbenhavns Boldklub.

    As boas exibições de Michael Laudrup ao serviço do Brondby IF, valeram-lhe a transferência para o futebol italiano, para representar a Lazio. Ao serviço dos romanos disputou 70 jogos e marcou 12 golos, em duas épocas. Prosseguiu a sua carreira em Itália, desta feita em Turim, com a camisola da Juventus venceu o “scudetto” em 85/86, somando 152 jogos e 32 golos, em quatro temporadas.

    Michael voltou a mudar de país, rumou a Espanha, onde representou o Barcelona e o Real Madrid. Ao serviço dos catalães conquistou quatro campeonatos, uma Liga dos Campeões, uma Supertaça Europeia, duas Supertaças de Espanha e uma Taça do Rei. Na época 94/95 transferiu.se para o Real Madrid, tendo vencido mais um campeonato, o quinto no futebol espanhol.

    Michael saiu do Real Madrid e viveu mais uma aventura, desta feita no futebol nipónico, no Vissel Kobe. Viria a terminar a carreira, somando mais dois títulos ao serviço do Ajax, conquistando o campeonato e a Taça da Holanda.

    Brian Laudrup foi um dos heróis, da histórica conquista do Euro 91
    Fonte: Federação Dinamarquesa de Futebol

    O mais novo dos irmãos Laudrup, Brian, jogou no seu Brondby IF durante quatro épocas, até que em 89/90 rumou à Bundesliga para representar o KFC Uerdingen 05. Brilhou no futebol alemão e transferiu-se para o Bayern München, onde venceu uma Supertaça e uma Liga dos Campeões.

    Após o Euro 92 rumou a Itália, onde esteve duas épocas, uma na Fiorentina e outra no Milan. Com a camisola dos “rossoneri” venceu um campeonato. Sendo pouco utilizado, voltou mudar de clube, seguiu-se uma aventura na Escócia, no Rangers. No Glasgow Rangers permaneceu quatro épocas, nas quais venceu três campeonatos, uma Taça e uma Taça da Liga. Viria a retirar-se na temporada 1999/2000 ao serviço do Ajax, tal como Michael, tendo ainda representado o Chelsea e o FC Kobenhavn.

    Os irmãos Laudrup deixaram uma marca histórica ao serviço da sua seleção, Brian somou 57 jogos e 16 golos, Michael um dos mais internacionais de sempre, com 104 jogos e 37 golos. Em conjunto participaram em várias fases finais de grandes competições, tendo vencido a Taça das Confederações em 1995.

    No entanto, a Dinamarca no apuramento para o Euro 92 perdeu a qualificação perante a Jugoslávia. Nessa altura Michael Laudrup em rutura com o selecionador Richard Møller Nielsen, abdicou da sua seleção. O verão de 92, com a Jugoslávia em guerra, que foi impedida de participar no campeonato a Europa, trouxe uma enorme surpresa. Os jogadores dinamarqueses já estavam de férias, quando foram chamados a participar na competição, a tempo de fazer história.

    Michael Laudrup não participou no Euro 92, mas o seu irmão foi fundamental para a conquista dos dinamarqueses. Brian Laudrup foi um dos melhores jogadores do campeonato da Europa, sendo um dos escolhidos para o “onze” ideal da competição.

    Os irmãos Laudrup foram de facto, dois craques, vencendo vários títulos pelos clubes e seleção. Ambos os Laudrup venceram Ligas dos Campeões e em conjunto a Taça das Confederações pela Dinamarca. Dois jogadores que chutaram no passado e fazem parte da história do futebol dinamarquês.

    Foto de Capa: Federação Dinamarquesa de Futebol

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    Jorge Faria Sousa
    Jorge Faria Sousahttp://www.bolanarede.pt
    O Jorge é natural da Lourinhã, trabalha como Consultor na área de TI. Colabora com alguns meios de comunicação social, é comentador da Sporting TV e na Bola na Rede.                                                                                                                                                 O Jorge escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.