Recordar é viver | O brilho do principado do Mónaco 16/17

    A Association Sportive Monaco foi fundada a 23 de agosto de 1924. Praticamente 100 anos depois, o seu palmarés inclui oito títulos da Ligue 1, cinco Taças de França, uma Taça da Liga e duas Supertaças de França. O título mais recente deste lote foi conquistado em 2016/17, época em que o Mónaco encantou a Europa do futebol.

    Leonardo Jardim era o líder de uma equipa técnica maioritariamente portuguesa e contava com um plantel invejável, que juntava de forma equilibrada experiência e juventude. Nomes de reconhecida qualidade como Fabinho, João Moutinho, Thomas Lemar, Falcão, Benjamin Mendy, Bernardo Silva e um tal de Kylian Mbappé, com apenas 18 anos, justificavam a confiança dos adeptos e a crença num título do campeonato francês que escapava há 17 anos.

    Depois de algumas críticas ao seu estilo de jogo, Jardim implementou mudanças significativas que aproveitavam ao máximo as características dos seus jogadores: as constantes subidas dos laterais permitiam um elevado caudal ofensivo enquanto um núcleo central muito confortável com bola garantia segurança na defesa e na fase de construção. Os monegascos carimbaram o título a 17 de maio (num jogo em atraso frente ao Saint-Étienne), interrompendo a hegemonia do PSG, vencedor das quatro edições anteriores.

    A surpreendente prestação na Champions foi também montra para a valorização de vários elementos do plantel, resultando num encaixe financeiro significativo no verão de 2017. O Mónaco teve alguma sorte no sorteio da fase de grupos (escapando aos “tubarões”) e acabou por conseguir o primeiro lugar do grupo, à frente de Bayer Leverkusen, Tottenham e CSKA

    Nas eliminatórias seguiram-se Manchester City e Borussia Dortmund, com exibições repletas de classe por parte da equipa da Côte d’Azur. A única derrota aconteceu em Manchester, num jogo frenético e memorável que deu vantagem aos Citizens (5-3), mas que, ao mesmo tempo, mostrava um Mónaco sem medo de enfrentar equipas teoricamente mais fortes. A passagem às meias-finais despertava as memórias de 2004 e a ideia de que era mesmo possível ter uma nova oportunidade para disputar o título europeu.

    A Juventus de Massimiliano Allegri não permitiu nova presença na final, vencendo a eliminatória com um agregado de 4-1. Assim, uma das melhores equipas que o principado já viu teve de se contentar com o top-4 europeu. Na época seguinte, o título da Ligue 1 voltaria a fugir para os lados da capital e em 2018/19 o Mónaco terminaria o campeonato na 17.ª posição, escapando ao play-off de despromoção por apenas dois pontos.

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