Os 5 melhores defesas centrais portugueses

    Ora, os defesas centrais modernos têm as mesmas responsabilidades que tradicionalmente a sua função costuma ter, como, por exemplo, ser sólido, compacto, alto, maduro e forte no jogo aéreo, mas com um papel muito mais importante nas ações da sua equipa quando esta tem a posse de bola.

    Como qualquer central, precisa lidar habitualmente com os avançados adversários rivais, ou com os extremos que se desloquem para zonas interiores. Entretanto, os centrais modernos também devem saber iniciar as ações ofensivas, construindo o jogo desde a defesa e superando as linhas de marcação/pressão do adversário – seja por fora ou por dentro -, com conduções à frente e passes progressivos e em profundidade.

    Defesas centrais com boa qualidade de passe podem ajudar na conexão com os jogadores ofensivos de maneira eficiente e de variadas formas. Os melhores centrais adaptam os seus passes dependendo da estratégia defensiva, utilizando diferentes métodos para superar uma pressão média ou alta, por exemplo. Um central com facilidade de conduzir a bola à frente cria superioridades numéricas no meio-campo, além de ajudar a desmarcar companheiros de setor.

    Hoje, trazemos ao Bola na Rede um top 5 dos defesas centrais portugueses da atualidade.

    5.

    Fonte:Paulo Ladeira/Bola na Rede

    Danilo Pereira – Apesar de ter começado a jogar como defesa central ainda no CS Marítimo e até, por vezes, no FC Porto, foi a partir do momento que ingressou no Paris Saint-Germain FC que se solidificou como central de grande qualidade, em vez de médio-defensivo.

    Atualmente, costuma ser titular tanto em Paris como pela Seleção Nacional e corresponde sempre à altura das expectativas criadas sobre si. Não deslumbra, mas cumpre e, pela sua experiência como trinco, consegue ser diferenciado no momento da saída de bola.

    Por fim, é um jogador muito experiente (31 anos), que já passou por alguns clubes de topo e que, por isso, tem crescido imenso como central, até porque a idade avança para todos e, por isso, a velocidade e a capacidade de acompanhar extremos e médios de progressão, que “queimam” linhas com grande facilidade já não é a mesma. Assim, tem-se assumido como um central bastante sólido nas suas exibições e que cumpre sempre que é chamado.

    4.

    Inácio tem sido um dos centrais titulares no Sporting e na Seleção
    Fonte: Lara Carriço/Bola na Rede

    Gonçalo Inácio – Titular no Sporting CP já há três anos e só por isso já nem precisaria de dizer mais grande coisa. Já foi campeão pelo clube leonino (logo na sua época de estreia na equipa principal) e apresenta uma qualidade e um discernimento com e sem bola acima da média para a sua idade.

    É muito forte na saída de bola, nos passes longos, bem como na bola parada e, apesar de ainda não ter uma presença muito assídua na seleção portuguesa, acredito que, com o tempo, e até por ser canhoto, o que lhe permite ser uma referência na linha de três centrais de Roberto Martínez, seja uma referência da nossa seleção na próxima década.

    Com 22 anos, tem tudo para ser um dos melhores centrais do Mundo a médio/longo prazo.

    3.

    António Silva é visto como um dos mais promissores centrais
    Fonte: Carlos SIlva/Bola na Rede

    António Silva – Com apenas 19 anos, tal como Gonçalo Inácio, acredito que será dos melhores centrais do Mundo nos próximos largos anos. A maturidade e a confiança que apresenta em cada lance e em cada jogo, seja ele contra quem for, é muito acima da média para um jogador da sua faixa etária.

    Já é titularíssimo do SL Benfica desde o início de 2022/23, época em que foi campeão pelo seu clube de coração, com várias exibições de encher o olho aos maiores tubarões europeus, e a sua afirmação na turma de Roger Schmidt foi incrível.

    Naturalmente, ainda necessita de crescer em alguns pontos, mas acredito temos mais um caso sério no eixo defensivo português para os próximos anos e que, por isso, estamos bastante seguros relativamente a este setor.

    2.

    Pepe dá experiência aos centrais portugueses
    Fonte: Carlos SIlva/Bola na Rede

    Pepe – O veterano central do FC Porto foi e continua a ser a principal referência do eixo defensivo da seleção nacional. Com 40 anos, ainda apresenta uma disponibilidade física anormal para a sua idade, sendo que a competência, o rigor, a paixão, a determinação e o foco com que encara cada lance tanto pelo FC Porto como pela Seleção Nacional é simplesmente incrível.

    Por isso mesmo, é o vice-capitão da turma lusitana e não há muito mais a dizer sobre a excelência de um dos melhores centrais de sempre, por muito que alguns queiram denegrir a sua qualidade por algumas ações controversas. Como o vinho do Porto!

    1.

    Ruben Dias é um dos melhores defesas centrais do Mundo
    Fonte: Lara Carriço/Bola na Rede

    Rúben Dias – Rúben Dias, central do Manchester City, é a definição de central moderno. Já era diferenciado no Benfica, mas foi com Pep Guardiola que ganhou uma dimensão estratosférica a nível futebolístico.

    Tem uma ótima leitura de jogo e faz frequentes cortes graças ao seu excecional sentido posicional e de antecipação. Tal como Pepe, mostra-se tranquilo quando precisa encarar um adversário no um contra um, aproximando-se, muitas vezes, dele pelos lados e conseguindo ganhar a disputa de bola sem cometer a falta.

    Desde a sua posição centralizada, ou à esquerda de uma linha de três, demonstra facilidade para se deslocar ao meio-campo quando surge a oportunidade. A partir de lá, pode fazer associações curtas com os centro campistas centralizados – onde o Manchester City habitualmente tem superioridade depois do movimento do lateral em direção a esta zona do campo – ou fazer conexões com passes longos para as alas.

    Por isto tudo e mais alguma coisa, foi nomeado para o top 30 da Bola de Ouro, juntamente com Bernardo Silva, companheiro de equipa no Man City e na seleção. Assim sendo, acredito que, com Roberto Martínez, descontando Pepe que, mais tarde ou mais cedo, se irá retirar dos relvados, numa linha de três centrais, Rúben Dias fará companhia a António Silva e a Gonçalo Inácio.

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    Raul Saraiva
    Raul Saraiva
    Jovem entusiasta e curioso, o Raúl tem 18 anos e está prestes a ingressar na Universidade. O seu objetivo é fazer jornalismo, de preferência desportivo, até porque a sua paixão pelo desporto é infindável e inigualável. Desde pequeno que o desporto faz parte da sua vida. Adora ver, falar e escrever sobre futebol, nunca fugindo às táticas envolvidas no mesmo. O desporto-rei é, assim, a sua grande paixão e o seu refúgio para escapulir nos momentos em que a sua grave doença se faz sentir. Ainda assim, também se interessa bastante por NBA, futsal, hóquei em patins, andebol, voleibol e ténis. Acredita que se aprende diariamente e que, por isso, o desporto pode ser diferente. Escreve com acordo ortográfico.