É difícil escolher um momento do ano em tantas modalidades. Mas vou escolher não um momento mas uma temporada e um nome. Bruno Magalhães.
O piloto de ralis português terminou em segundo o Europeu de Ralis quando no início do ano apenas tinha confirmado o Rali dos Açores, prova que venceu. Magalhães teve ao seu lago Hugo Magalhães e juntos conseguiram chegar ao último rali ainda com possibilidade de serem campeões europeus. Não conseguiram, mas terminaram em segundo, o melhor resultado de sempre de um português, ainda que em igualdade com Miguel Campos, que também foi segundo no ERC em 2003.
A dupla Magalhães teve de fazer uma temporada atípica, uma vez que nunca teve apoios para preparar atempadamente o rali seguinte, o que lhe prejudicou muito, se compararmos com o campeão europeu, Kajetan Kajetanowicz, que tinha os oito ralis do campeonato assegurados desde o início e conta com o apoio da M-Sport polaca.
A superação das dificuldades e o resultados obtidos levaram a que os jornalistas acredenciados pelo ERC escolhessem Bruno Magalhães como piloto do ano. Eu, junto-me a eles e também o elejo, a ele e ao seu navegador, como o momento do ano das modalidades portuguesas.
No entanto, não posso deixar passar um outro nome, Inês Henriques, que muito lutou para que as mulheres pudessem fazer 50 quilómetros a marchar e arrecadou o ouro nos mundiais de Londres em agosto, assim como o recorde mundial. Aliás, as duas melhores marcas de sempre pertencem à portuguesa.
Rodrigo Fernandes, editor de Modalidades