Tribuna VIP: Os pecados de Roger Schmidt

    Os mares estão agitados pela Luz e o centro do tsunami é Roger Schmidt. O treinador alemão cometeu, na minha opinião, diversos erros desde o início da época. A estrutura e as dinâmicas estavam montadas e, apesar das saídas de Grimaldo e Gonçalo Ramos, peças preponderantes, as mudanças deviam ser mínimas, principalmente numa fase inicial da época. Mas Roger Schmidt cedeu aos nomes e valores das transferências e as transformações no onze foram mais profundas e a equipa nunca mais se encontrou.

    Podemos também dizer que o planeamento não foi o melhor até porque, por exemplo, Arthur Cabral e Jurásek estão longe de ter características parecidas com Gonçalo Ramos e Grimaldo, respetivamente. Mas a pergunta que eu deixo é a seguinte: Não seria mais adequado mudar apenas dois jogadores, com “substituições diretas”, e com o tempo ir ajustando e introduzindo as restantes contratações? Parece-me claramente que sim, mas os nomes, por exemplo, de Di Maria e Kokçu falaram mais alto e entraram diretamente para o onze e, com isso, as mudanças foram mais profundas e complexas. Além de tudo isto, alguns dos jogadores nunca tiveram a oportunidade de ter uma sequência de jogos significativa, mesmo que com exibições menos conseguidas, para que a confiança e as rotinas fossem adquiridas.

    Roger Schmidt
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Outro ponto onde me parece claramente que Roger Schmidt criou problemas a si próprio foi a forma como comunicou e geriu alguns dos dossiês, como por exemplo o de Vlachodimos. A forma como criticou em público e depois geriu essa situação não ajudou a “puxar o grupo para si” e basta conhecer um pouco das dinâmicas de balneário para perceber que nenhum colega de equipa gostou do sucedido. Mas essa gestão de grupo teve vários casos onde, na minha opinião, as questões foram mal resolvidas. Ristic começa a Supertaça como titular e depois é dispensado e as constantes adaptações de Aursnes em detrimento de jogadores das respetivas posições são sinais muito complexos para o balneário.

    Roger Schmidt queimou um ano de trabalho e parece em pré-época e recentemente chegado ao clube. A direção cometeu vários erros na planificação e eu diria que muitos deles por alguma soberba que, já num passado recente, levaram a rotundos fracassos desportivos. Os próximos jogos poderão ser decisivos para o futuro de Roger Schmidt

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    Luís Coelho
    Luís Coelhohttp://www.bolanarede.pt
    É um eterno apaixonado por desporto, tem no futebol a sua maior paixão. Desde muito jovem que se dedica ao estudo e à análise de todas as vertentes futebolísticas. Foi treinador no futebol de formação, e atualmente colabora na área do “scouting". Apaixonado pelo jornalismo desportivo, é adepto do FC Porto e no futebol internacional tem simpatia pelo Barcelona.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.