Porém, este tem sido um ano atípico (pelo menos a comparar com as épocas mais recentes) a todos os níveis, e Roger Federer continua a perseguir Rafael Nadal na esperança de conseguir repetir o que não acontece desde 2009 (como o tempo voa!): terminar o ano como número 1 do ranking mundial. E ficou mais perto esta semana, em Shanghai.
Num torneio sem muita história antes das meias-finais, Federer e Nadal (que à partida para essa ronda vinha de 15 encontros oficiais seguidos a vencer) mostraram que, aos 36 e 31 anos de idade respetivamente, continuam a ser (de longe) os melhores – e essa evidência é ainda maior perante a ausência de tantos nomes no circuito como Djokovic, Murray, Wawrinka, Raonic, Nishikori, entre outros.

Fazendo então um fast forward até às meias-finais da prova chinesa, Rafa Nadal iria ter pela frente o atual 5º classificado ATP Marin Cilic – que ainda procura qualificação para o ATP Tour Finals. Antes desse encontro Nadal apenas havia suado para levar de vencida o búlgaro Dimitrov (9º ATP), o que conseguiu fazer (à semelhança da semana passada no ATP500 de Pequim) em 3 duros e demorados sets. Frente ao croata Cilic, dono de um poder de fogo do fundo do court assinalável e do privilégio de poder servir do alto dos seus 1,98 metros, Rafael Nadal viu-se atarefado. Foi, pessoalmente, um dos melhores encontros que acompanhei nas últimas semanas, um verdadeiro desafio ao líder do ranking ATP, que se mostrou sólido (técnica, física e psicologicamente) frente a um Cilic que tudo fez para vencer – o que aconteceria na esmagadora maioria das vezes, não estivesse do outro lado da rede Nadal. Resultado final de 7-5 7-6 para o espanhol, que se adiantava para a 3ª final consecutiva de provas oficiais.