2. O PAPEL DA TECNOLOGIA NO DESPORTO
A tecnologia foi um dos temas mais discutidos no Football Talks, tendo Nicolas Evans (“Head of Football Research & Standards na FIFA) começado por dizer que é importante entender a tecnologia como uma viagem:
“A próxima mudança de paradigma na tecnologia em serviço do futebol depende do próprio futebol, das suas necessidades e problemas que possam surgir”.
Sam Lloyd, Vice-presidente e Diretor Geral da Hudl (uma empresa norte-americana de software para análise de performance desportiva) salientou a importância da tecnologia na saúde dos atletas, afirmando que, graças à sua evolução, lesões no joelho que, em alguns casos, poderiam significar o fim da carreira, agora podem ser recuperáveis em poucos meses.
Sobre o aspeto monetário da tecnologia alterar o consumo de futebol, João Presa afirmou:
“A nível comercial, o grande objetivo é adquirir e manter usuários, por isso o engajamento é importante – criação de resumos dos jogos, por exemplo. O direto é o mais importante, e quanto mais diretos existirem, mais usuários serão captados”.
Já sobre a forma de ver futebol, João indica que “nada vai substituir a ida ao estádio” e que se tem que continuar a “criar e a gerar conteúdo, mas a melhorar também a ida ao estádio”.
No mesmo tópico, Luís Parafita (CEO da 7egend) acrescenta que “o acesso ao estádio é dantesco” e nota-se que a tecnologia ainda não chegou a muitos clubes em Portugal. Como tal, para que esses clubes possam evoluir, é preciso que renovem os seus recursos humanos. Luís terminou a sua contribuição com a seguinte mensagem: “É preciso que não haja medo de arriscar e medo de falhar e diversificar o mercado com conteúdos diferentes”.