BnR: Este ano estás a jogar n’Os Belenenses. Como está a ser a experiência?
DV: A equipa é mais competitiva, temos um plantel de 19 jogadores, os treinos são mais competitivos e agora resta-me trabalhar.
BnR: Vamos agora falar da Seleção. Quando te estreaste?
DV: Acho que a primeira vez que joguei foi em 2014. Ainda no Vitória fui a um estágio de deteção de talentos, nessa altura fui eu e o Manuel Gaspar. Ele foi ao Garci Cup no Verão e eu fui em dezembro a um torneio em Espanha e foi aí que me estreei.
BnR: Como foi a sensação de representar a Seleção?
DV: Foi incrível. É um cliché, mas é o realizar de um sonho. Eu acho que na altura não desfrutei assim tanto, sabia que o difícil não era chegar lá, mas manter-me.
BnR: Nos últimos quatro anos foste a quatro competições de Seleções (Europeu Sub-18, Mundial Sub-19, Europeu Sub-20, Mundial Sub-21). Nessas competições conseguiram, respetivamente, um décimo lugar, um sétimo lugar e nas últimas duas ficaram em quarto lugar. Como foi a evolução da equipa, que tem ficado visível nestes resultados?
DV: Eu acho que na nossa primeira experiência ainda jogávamos quase todos no Campeonato de Juniores, faltava-nos maturidade na altura. Depois os clubes começaram a apostar na nossa geração, começámos a ter espaço na Primeira Divisão, nós evoluímos e a partir daí tivemos mais tempo de jogo, mais maturidade, a jogar competições europeias e percebemos que tínhamos a mesma qualidade que as outras equipas.
BnR: Até onde achas que esta geração pode chegar?
DV: O céu é o limite para nós. Nos dois últimos anos ficámos em quarto lugar, queríamos mais, acho que foi um resultado positivo. As pessoas da Federação e os clubes apostaram em nós. Acho que temos uma boa base para as competições europeias e talvez daqui a uns anos ganharmos.
BnR: O que achas que faltou nas duas últimas competições para chegarem mais longe?
DV: Faltaram pernas, faltou mais pulmão, porque nas meias finais que tivemos chegou a uma altura do jogo em que faltaram pernas para conseguirmos a vitória.
BnR: Ao longo dos últimos anos deves ter feito boas amizades na Seleção. Uma delas foi com o Manuel Gaspar, guarda-redes do Sporting. Como explicas o que é ter uma amizade destas ao mais alto nível?
DV: Antes de eu jogar no Benfica e do Manuel jogar no Sporting, nós já éramos conhecidos, porque ele jogava no União e Progresso. Depois começámos a ir à Seleção juntos, temos sido colegas de quarto ao longo dos últimos quatro anos e construímos uma amizade. Claro que quando jogamos um contra o outro somos rivais, mas fora de campo somos amigos. As pessoas têm de entender que rivalidade é dentro de campo, mas quando acaba o jogo estamos cá para nos apoiar um ao outro. Fico contente se ele jogar e ele também fica contente se eu jogar bem.