Análise do Grupo D | Euro 2020

INGLATERRA

A SELEÇÃO

Com maior ou menor facilidade a Inglaterra tem que ganhar obrigatoriamente os três jogos do grupo. Os ingleses apresentam uma seleção jovem (média de 25,28 anos) com muita imprevisibilidade, muita técnica, muita capacidade ofensiva, poder de fogo e, também, apesar de tenra idade, uma seleção experiente.

Southgate, que perdeu Arnold, recentemente, tem nas suas mãos um verdadeiro tanque ofensivo. Sem desfazer nomes mais recuados como Stones, Maguire, Chilwell, entre outros, do meio-campo para a frente há jogadores como Mount, Kane, Sterling, Sancho, Foden, Saka e Rashford que decidem jogos sozinhos.

É uma equipa muito forte, e por isso, desde logo, candidata a levantar a taça. Além disso, a formação tem apresentado bons indicadores, como as três vitórias na qualificação para o Mundial de 2022, e ambiciona apagar um pouco a desilusão de 2016, onde perdeu nos “oitavos” com a Islândia.

A ESTRELA

Harry Kane – Podiam ser outros, mas Kane, pelo que faz e pelo que, em termos individuais conquistou esta temporada, pela idade e experiência, é a estrela desta companhia. O avançado inglês foi o melhor marcador no Mundial de 2018 e poderá repetir o feito, neste caso, no Europeu. Um matador nato, que estará muito bem servido pelos seus companheiros. Além disso, Kane é o jogador mais velho da frente de ataque de Inglaterra, o que ajuda a tornar o avançado dos spurs a referência.

A REVELAÇÃO

Jude Bellingham – Podiam estar aqui outros nomes, como Foden. Contudo, Bellingham chegou esta temporada ao BVB Dortmund, proveniente do segundo escalão inglês, mais propriamente, do Birmingham CFC, e convenceu toda a gente. Com 17 anos (!), o virtuoso médio somou 46 jogos na época de estreia no campeonato alemão. O teenager é um jogador versátil, que gosta de ter bola, e tem tudo para ser uma confirmação de qualidade neste Euro.

A SELECIONADOR

Verdadeiro teste para Southgate. Pegou no conjunto na ressaca do Euro 2016 e, desde lá, conseguiu o quarto lugar no Mundial de 2018, e o terceiro na Liga das Nações de 2018/2019. Em ambas as competições caiu na meia-final em prolongamento, e a esperança é que agora prolongue a estadia do conjunto até à final. Com um verdadeiro Ferrari nas mãos, o selecionador inglês tem que apontar ao troféu. Southgate não é unânime entre os ingleses, que o acusam de, por vezes, se rebaixar frente a conjuntos mais competentes. Com a exigência em alta, a ver vamos se não cede à pressão.

ATÉ ONDE PODEM IR?

Final. Com um plantel destes tem que se apontar para a final. Depois do Mundial de 2018 os ingleses têm que ter, no mínimo, como objetivo a meia-final. Com um individual fortíssimo, o coletivo também não parece ser problema, com a maior parte dos jogadores a jogar em Inglaterra (42,3% do plantel a vir de apenas três clubes).

João Pedro Gonçalves
João Pedro Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
Quem conhece o João sabe que a bola já faz parte dele. A paixão pelo desporto levou-o até à Universidade do Minho para estudar Ciências da Comunicação. Tem o sonho de fazer jornalismo desportivo e viver todos os estádios.

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