ACF Fiorentina 3-2 SC Braga: Não houve milagre para os minhotos

    A CRÓNICA: UMA FIORENTINA DE CARÁTER IMPÕE-SE TAMBÉM EM ITÁLIA

    Era necessário um verdadeiro milagre por parte do SC Braga para dar a volta à larga goleada sofrida na primeira mão (0-4), há sete dias, contra a ACF Fiorentina, mas é certo e sabido que os milagres são raros.

    Cientes da dificuldade de recuperar uma desvantagem tão grande, os minhotos apresentaram-se em Florença com muitas mexidas na equipa inicial, apresentando no onze apenas os habituais titulares André Horta e Niakaté, claro sinal de que a Europa já estava mentalmente posta de parte.

    Contudo, o conjunto de Artur Jorge conseguiu sair do estádio Artemio Franchi e da Liga Conferência de cabeça um pouco mais arguida em comparação à primeira mão da eliminatória.

    Assim como na Pedreira, a Fiorentina mostrou-se superior ao conjunto arsenalista nos primeiros 15 minutos, conseguindo aproximar-se com perigo da baliza de Tiago Sá.

    Contudo, surpreendentemente, aos 16 minutos foi o SC Braga a inaugurar o marcador com um golo de Castro, que aproveitou de um corte da defesa viola e rematou de primeira à entrada da área, batendo Sirigu.

    A vantagem bracarense deu coragem e força mental aos forasteiros, fazendo tremer os italianos, que aos 26 minutos arriscaram sofrer o segundo golo por iniciativa de Banza.

    Um golo que só chegou mais tarde, aos 34 minutos, desta vez com um remate de Djaló, que recebeu de peito e chutou com força à entrada da área para dilatar a vantagem.

    A reação de orgulho dos italianos surgiu de pronto, tanto que, dois minutos depois, foi Mandragora a reduzir a desvantagem, concretizando na grande área um cruzamento da direita de Bonaventura.

    O golo animou novamente o conjunto caseiro, que voltou a meter sob pressão o plantel bracarense, com a clara intenção de alcançar o empate antes do final do primeiro tempo. Algo, contudo, que não conseguiu fazer.

    No regresso ao terreno para a segunda parte, Arthur Cabral foi protagonista de um golo anulado de forma muito duvidosa e que muito dará que falar na UEFA: na sequência de um remate do atacante da Fiorentina, Tiago Sá defendeu o esférico, mas o relógio do árbitro indicou golo graças à tecnologia da linha da baliza. A dificuldade na interpretação da ação obrigou o juiz da partida a consultar o VAR, decidindo incrivelmente anular o golo.

    Apesar deste episódio muito polémico, a Fiorentina conseguiu pouco depois, aos 58 minutos, alcançar o esperado empate (2-2), graças a um remate cruzado de Saponara, após nova assistência de Bonaventura.

    Até o fim, a equipa viola demonstrou estar por cima do jogo, tanto que, aos 83 minutos, marcou o terceiro golo por Arthur Cabral, carimbando de forma definitiva, e com mérito, o apuramento aos oitavos da Liga Conferência. E assistências foi novamente da autoria de Bonaventura.

    A FIGURA:

    Giacomo Bonaventura Fiorentina
    Fonte: Paulo Ladeira/Bola na Rede

    Giacomo Bonaventura – O médio italiano, tal como na primeira mão, foi protagonista de uma ótima partida. Os três golos da Fiorentina nasceram todos de assistências suas, sendo também protagonista de ações ofensivas que conseguiram desequilibrar muitas vezes a defesa do SC Braga.

    O FORA DE JOGO:

    Simon Banza Braga
    Fonte: Paulo Ladeira/Bola na Rede

    Simon BanzaEra esperada uma prova mais consistente do talento do atacante francês, mas passou bastante ao lado do jogo. Até teve oportunidade de marcar golo na primeira parte, mas não encontrou a frieza necessária próximo da baliza. Até sair, aos 72 minutos de jogo, nunca mais se viu na zona ofensiva.

    Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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    Paola Amore
    Paola Amorehttp://www.bolanarede.pt
    A Paola nasceu e cresceu na Itália, mas há seis anos foi “adotada” por Lisboa, onde atualmente reside. Formou-se em Comunicação e Jornalismo na Sapienza - Universitá degli Studi di Roma, e atualmente está a tirar uma Pós-Graduação na Universidade Católica Portuguesa em Comunicação e Marketing de Conteúdos. Viu a sua primeira partida de futebol com seis anos e nunca mais parou, decidindo que um dia ia tornar jornalista de desporto, sonho que concretizou aos 21 anos, quando adquiri a sua carteira profissional. Adora ouvir os jogos de futebol no rádio, sobretudo Liga Serie A e Liga Portugal, e adora visceralmente o Alessandro Del Piero. É mais fácil encontrá-la em qualquer estádio ou pavilhão - porque também gosta de vólei e futsal – que não na sua casa!