A CRÓNICA: SPURS FALHAM A LIDERANÇA ISOLADA
O Tottenham Hotspur FC deslocava-se a Stamford Bridge procurando isolar-se na liderança da Premier League, mas o nulo no marcador diante do Chelsea FC (0-0) não permitiu que tal acontecesse – isto num dérbi londrino que merecia bem mais ocasiões de golo do que aquelas que teve.
Num primeiro tempo globalmente morno e equilibrado, a formação de José Mourinho deu a iniciativa ao adversário e apostou em lances de contra-ataque, de tal modo que Bergwijn e Aurier foram os únicos a estar perto de finalizar duas dessas jogadas. Já na turma de Frank Lampard, Werner e Mount foram os únicos a visar a baliza de Lloris – o primeiro ainda atirou para o fundo das redes, mas o lance seria anulado por fora de jogo. Tudo isto nos primeiros 20 minutos, de resto nada mais se passou e o jogo foi para o intervalo com um nulo no marcador.
No segundo tempo, o Chelsea não só voltou a ter mais bola, como foi praticamente a única equipa a tentar criar lances junto da baliza de Lloris para chegar ao golo. Ainda assim, as únicas duas ocasiões de perigo apareceram apenas nos últimos dez minutos, com novo remate de Mount para defesa do guardião francês e com uma tentativa do recém-entrado Giroud em aproveitar uma falha defensiva já nos descontos.
Com este resultado, os spurs juntam-se ao Liverpool na liderança da Premier Legaue, com 21 pontos, ao passo que os blues somam agora 19 pontos no terceiro lugar da tabela classificativa. José Mourinho continua sem vencer o Chelsea desde que assumiu os comandos do Tottenham.
A FIGURA
This is a Pierre-Emile Højbjerg appreciation tweet. #THFC ⚪️ #COYS pic.twitter.com/5dDeQpXhy4
— Tottenham Hotspur (@SpursOfficial) November 21, 2020
Pierre-Emile Hojbjerg – Foi imperial no meio-campo da equipa de José Mourinho, principalmente no processo defensivo ao recuperar a bola por diversas ocasiões. Além disso, Hojbjerg foi sempre a unidade mais recuada no meio-campo na construção a partir de trás, tendo desatado vários nós nas transições ofensivas da equipa, embora sem a devida continuidade lá na frente.
O FORA DE JOGO
“I’m going to learn from so many things from last season, and I’ll try to improve next season as well.”
💬 Heung-Min Son #THFC ⚪️ #COYS pic.twitter.com/pnb7s6EcVz
— Tottenham Hotspur (@SpursOfficial) August 9, 2020
Son – É surpreendente, mas Son terá sido mesmo a unidade mais apagada do dérbi londrino. Habituado a protagonizar grandes exibições e a ser um dos melhores jogadores deste Tottenham, o avançado coreano não esteve ao melhor nível diante do Chelsea e praticamente não sobressaiu em nenhuma das (poucas) jogadas de ataque dos spurs.
ANÁLISE TÁTICA – CHELSEA
Frank Lampard manteve a estrutura-base que tem vindo a colher frutos para os blues num 4-3-3 sem alterações significativas – tendo utilizado exatamente o mesmo “onze” que goleou o Sheffield United FC no último duelo caseiro.
Os blues apoderaram-se da posse de bola desde início, mas sentiram imensas dificuldades em furar a defensiva adversária e qualquer perda de bola no meio-campo era sinónimo de contra-golpe perigoso do Tottenham. Já no segundo tempo, a equipa de Lampard demonstrou ser capaz de conter as investidas do Tottenham e raras vezes o meio-campo cedeu perante a pressão adversária, embora isso não tenha sido suficiente para significar muito mais perigo lá na frente. Boa parte dos lances perigosos chegaram a partir de momentos individuais.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Edouard Mendy (6)
Bem Chilwell (7)
Thiago Silva (6)
Kurt Zouma (5)
Reece James (6)
Mason Mount (7)
N’Golo Kanté (6)
Mateo Kovacic (7)
Timo Werner (6)
Hakim Ziyech (7)
Tammy Abraham (6)
SUBS UTILIZADOS
Christian Pulisic (5)
Olivier Giroud (5)
Kai Havertz (-)
ANÁLISE TÁTICA – TOTTENHAM
Agradado com o que tem visto em campo, José Mourinho decidiu apostar na mesma equipa que derrotou o Manchester City FC na jornada anterior, apenas com uma troca forçada no eixo da defesa com a entrada de Rodon para o lugar do lesionado Alderweireld.
Fiel ao 4-2-3-1 com o duplo pivô no meio-campo constituído por Sissoko e Hojbjerg, o Tottenham apresentou-se em campo mais na expetativa e sempre pronto a causar mossa na exploração do contra-ataque, tanto que as oportunidades perigosas no primeiro tempo nasceram a partir disso mesmo. Na segunda metade, os spurs sentiram mais dificuldades em chegar lá à frente e as substituições ofensivas para que isso pudesse ser corrigido nem chegaram a acontecer, sem que fosse possível alterar o rumo dos acontecimentos.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Hugo Lloris (6)
Sergio Reguilón (6)
Eric Dier (6)
Joe Rodon (6)
Serge Aurier (7)
Pierre-Emile Hojbjerg (7)
Moussa Sissoko (6)
Steven Bergwijn (7)
Tanguy Ndombélé (5)
Heung-Min Son (5)
Harry Kane (6)
SUBS UTILIZADOS
Giovani Lo Celso (5)
Bem Davies (-)
Lucas Moura (-)