O renascimento de Memphis Depay?

    A verdade é que Depay até começou bem em Manchester, fazendo jogos completos e marcando golos, mas o jogador holandês foi perdendo gás e terminou a época sendo suplente não utilizado ou pouco utilizado. Os números não são nada impressionantes também: em 46 jogos, o jovem holandês marcou apenas 7 golos. A nível coletivo, as coisas também não corriam melhor: o Manchester United piorou a sua prestação no campeonato e ficou em 5.º lugar na Liga Inglesa, desta vez, não sem títulos, pois conquistaram a FA Cup frente ao Crystal Palace . Mesmo assim, o despedimento de Louis van Gaal não seria evitado e, para o seu lugar, era contratado o treinador português José Mourinho. Para completar um ano tão negativo só faltava também a Holanda falhar a qualificação para o Europeu 2016, deixando, assim, este jovem talento fora de um grande palco do futebol.

    Com a chegada do português chegava também um período de afastamento de Depay dos relvados, fora das contas do treinador português e, portanto, pouco utilizado o jogador partia, assim, no mercado de inverno de 2016/2017 para o seu atual clube, Olympique Lyon, a troco de 16 milhões de euros.

    As razões para o insucesso de Depay poderão ser diversas, desde logo a questão da pressão que a imprensa inglesa colocou no jogador, ao rotulá-lo de próximo Cristiano Ronaldo.

    Depay não teve vida fácil em Manchester  Fonte: Manchester United FC
    Depay não teve vida fácil em Manchester
    Fonte: Manchester United FC

    Depay voltou para um “habitat” onde já se tinha sentido confortável, o Lyon que, apesar de ser um clube reputado europeu, não é um clube com as aspirações de um Manchester United. Em Lyon, o holandês poder-se-ia destacar novamente individualmente, como tinha feito no PSV.  Depay foi sendo uma peça inconstante na equipa de Bruno Génésio, ora suplente utilizado ora titular, mas sempre substituído, até marcar o seu primeiro golo frente ao Nancy. Depois deste jogo, o jogador holandês foi fazendo os 90 minutos com mais regularidade e conseguiu repetir um bis por duas vezes, frente ao Metz e ao Toulouse. Seria o renascimento de Memphis Depay, o jovem frenético holandês que se havia destacado no PSV? Só a época seguinte o diria.

    E a época 2017/2018 tem sido uma segunda época de afirmação para Depay. Ainda que longe do nível em que esteve em 2014/2015 e da afirmação pessoal que obteve, 2017/2018 tem sido, sem dúvida, a época mais positiva do holandês depois de 2014/2015. Em metade da época, o holandês leva já quase mais golos marcados (11 golos) do que nas duas épocas anteriores (12 golos), com destaque para o hat-trick marcado ao Troyes.

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    Rui Pedro Cipriano
    Rui Pedro Ciprianohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido e criado no interior, na Covilhã, é estudante de Ciências da Comunicação, na Universidade da Beira Interior. É apaixonado pelo futebol, principalmente pelas ligas mais desconhecidas, onde ainda perdura a sua essência e paixão.                                                                                                                                                 O Rui escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.