Os 5 melhores avançados do século, até agora

    3.

    Ronaldo Nazário – O lendário Ronaldo começou com apenas 17 anos, quando se estreou ao serviço do Cruzeiro em 1993. Na ainda bem distante Europa, ouvia-se o rumor de que existiria um qualquer jogador brasileiro fora de série. Falava-se num jovem avançado que marcava nunca menos de um golo por jogo. Os gigantes do AC Milan, da Juventus e do Ajax rapidamente tentaram o tudo por tudo para contratar este miúdo que tanto alarido causava. Mas o prodígio optou pelo menos provável.

    Ronaldo transferiu-se para o PSV em 1994, a conselho do seu compatriota e ex-artilheiro da Liga Holandesa, Romário, que lhe disse que achava que não existia sítio melhor para crescer do que o clube de Eindhoven. Dito e feito. Passou 2 anos no muito competitivo campeonato holandês, no qual jogou 57 vezes e marcou 54 golos. Foi o suficiente para convencer o todo-poderoso FC Barcelona, que quebrou o recorde de dinheiro alguma vez pago por um jogador de futebol e contratou Ronaldo por 15 milhões de euros. Isto em 1997 – o brasileiro tinha apenas 19 anos.

    Apenas um ano em Barcelona bastou para que o jogador provasse ser digno de vestir o histórico blaugrana. A tal profecia de um golo por jogo continuava a ser cumprida. Disputou 49 jogos e marcou 47 golos. Nesse ano, ganhou a Taça das Taças, a Copa del Rey e a Supertaça espanhola. Venceu ainda o prémio de Melhor Jogador do Mundo. Até hoje ainda mantém o recorde: foi o jogador mais jovem de sempre a conseguir ganhar este galardão, conquistando-o com apenas 21 anos, três meses e cinco dias.

    À procura dum desafio maior, Ronaldo tomou uma decisão chocante nesse verão. Pediu ao Barcelona para ser transferido para o Inter de Milão, e confessou ao diário desportivo espanhol ‘AS’ que o fez porque lhe “parecia o maior desafio possível, e que, na altura, a Serie A italiana era a melhor liga do mundo”. Esta foi a segunda vez que se quebrou o recorde de transferências por causa de Ronaldo Nazário, uma vez que os italianos tiveram de pagar 28 milhões de euros pelos serviços do avançado.

    No Inter, a sorte não foi tanta. Tudo corria ainda melhor do que o esperado quando o sensacional Ronaldo sofre uma lesão que tinha tudo para acabar com a sua carreira. Segundo o fisioterapeuta que o acompanhava na altura, esta foi a pior lesão que alguma vez viu num joelho. A meio dum jogo contra a Lazio, em que já estava condicionado, a rótula de Ronaldo cedeu de forma tão macabra que acabou por ficar pendurada na sua perna.

    Esta lesão afastou-o dos relvados durante mais de um ano, e mudou o resto da sua carreira. Por causa disto, não conseguiu manter os números verdadeiramente impossíveis que insistia em apresentar. Jogou 98 partidas e fez 59 golos pelos nerazzurri. Mereceu outro prémio de melhor jogador do mundo da FIFA e uma Bola de Ouro ao serviço do Inter, ambas conquistadas em 1997.

    O triunfante regresso de Ronaldo estava marcado para o Mundial 2002, na Coreia do Sul. Com a espantosa contribuição de oito golos em sete jogos, o ponta-de-lança conduziu os compatriotas para a conquista do quinto mundial da história da Seleção ‘canarinha’, arrecadando ainda o troféu de melhor marcador da prova.

    Esta prestação vale a Ronaldo uma transferência para o Real Madrid, que pagou 45 milhões de euros ao Inter para que o prodígio brasileiro voltasse a atormentar as defesas espanholas. No ano do seu regresso às competições de clubes, repete a proeza de 1997. Ganha o prémio de melhor jogador do mundo da FIFA e a Bola de Ouro. Pelos merengues, conquista o Mundial de Clubes, a Supertaça Europeia, uma Copa Del Rey, e duas Ligas espanholas. Era, juntamente com Zidane, a cara dos Galaticos. Jogou 177 partidas e marcou 104 golos em Madrid.

    Numa fase mais avançada da carreira, jogou ainda pelo AC Milan e foi ao Corinthians pendurar as botas.

    Fenomenal.

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    Diogo Dá Mesquita
    Diogo Dá Mesquitahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Jornalismo pela Universidade Católica. Também tirou o curso de árbitro na Associação de Futebol de Lisboa. Tinha 8 anos quando começou a perceber a emoção que o desporto movia. No espaço de quinze dias, observou a família a chorar de alegria o golo do Miguel Garcia em Alkmaar, a tristeza da derrota em Alvalade contra o CSKA o ensurdecedor apoio dos adeptos do Liverpool enquanto perdiam a final da Liga dos Campeões por 3-0. Hoje, e cada vez mais apaixonado por futebol, continua a desenhar o seu percurso para tentar devolver a esta indústria tudo o que dela já recebeu.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.