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RELAÇÃO DIFÍCIL COM A SELEÇÃO FRANCESA
FLASH: France striker Anelka banned for 18 games for World Cup revolt, captain Evra banned for five – French federation
— Reuters (@Reuters) August 17, 2010
Apesar de pensarmos quase automaticamente em 2010 quando pensamos em polémica, já lá vamos. Antes disso, Anelka já tinha problemas antigos com a seleção que defendia. Em 1998, o então jovem avançado foi retirado da lista de convocados dos futuros campeões do mundo sem qualquer explicação, apenas um “Tu? É lógico.”
Mais tarde, o francês conquistou um europeu e completou 69 internacionalizações com as cores gaulesas, onde marcou 14 golos. Ao lado de Thierry Henry, um dos seus melhores amigos, fez sonhar uma geração de adeptos do país.
Voltando, caro leitor, à principal polémica. Nicolas Anelka nunca tinha tido oportunidade de jogar num campeonato do mundo, e a competição que se iria realizar na África do Sul era a última oportunidade de colocar mais um carimbo no passaporte dos sonhos de qualquer futebolista.
No entanto, depois de um jogo mal conseguido e da necessidade de vencer frente ao México, acontece o episódio que marca ainda mais pela negativa a carreira do atleta. No intervalo desse segundo encontro, o avançado descontrola-se e dirige palavras menos próprias a Raymond Domenech, o selecionador nacional.
A partir desse momento, estalou o verniz no seio dos convocados. Depois de uma capa que é inédita na história do jornalismo desportivo, os jogadores franceses recusaram-se a treinar e até houve relatos de algumas agressões de Evrá. Apenas oito anos depois, o selecionador veio desmentir tudo.
Durante todo este período, Anelka era o alvo mais fácil a abater por parte da imprensa. O historial de bad boy e as inúmeras polémicas em que se viu envolvido não ajudaram no episódio, mas depois de tudo isto, sabemos que o jogador era, provavelmente, o menos culpado de todas as acusações que lhe foram feitas.
Artigo revisto por Joana Mendes