Revista do Euro’2016: Portugal

    O TREINADOR

    Fernando Santos, o engenheiro que pretende ver Ronaldo levantar esta taça em julho Fonte: UEFA
    Fernando Santos, o engenheiro que pretende ver Ronaldo levantar esta taça em julho
    Fonte: UEFA

    Fernando Santos, o atual selecionador nacional, é um homem já com bastante experiência no mundo do futebol. Depois de ter feito carreira como jogador em clubes como o Estoril ou o Marítimo, iniciou a carreira de técnico ainda em finais da década de 80 ao serviço do Estoril Praia. Depois disso, orientou o Estrela da Amadora e o FC Porto, onde ficou conhecido como o “engenheiro do penta”, por ter conquistado o quinto campeonato consecutivo do clube na época 1998/99.

    Depois da passagem pela Invicta, alternou a carreira entre o nosso país e a Grécia. Em Portugal, orientou o Sporting e o Benfica, sempre sem alcançar grandes resultados. Contudo, Fernando Santos é um verdadeiro ídolo para os helénicos. Lá, orientou três dos principais clubes (AEK Atenas, Panathinaikos e PAOK Salónica). A meio do ano de 2010, Fernando Santos foi chamado para render o histórico Otto Rehhagel no comando da seleção nacional do país grego. O português levou os gregos aos quartos de final do Euro’2012 e aos oitavos de final do Mundial’2014, tendo abandonado o lugar após este último certame.

    Foi nomeado selecionador nacional de Portugal em setembro de 2014, já durante a fase de qualificação para este Europeu. Tem como sistema tático predileto o 4-4-2 em losango, muito próximo daquilo que vai utilizar neste Europeu com a nossa equipa. Na defesa, parece-me que existem apenas dois lugares cativos: os de Rui Patrício e Pepe. Nas laterais, dou primazia a Cédric e Raphael Guerreiro, mas não seria de admirar que Fernando Santos optasse, por exemplo, por Eliseu para a titularidade na asa esquerda, tendo em conta a lesão que impede Fábio Coentrão de defender as “quinas” nesta competição. No centro, o parceiro de Pepe também é ainda uma incógnita, ainda que Ricardo Carvalho esteja em ligeira vantagem face a José Fonte, caso esteja a cem por cento em termos físicos.

    No meio campo, é onde existem mais dúvidas. Tendo em conta o excelente leque de soluções à disposição é difícil descortinar já aquela que será a ideia do técnico. Contudo, acho que a aposta vai recair na utilização do meio campo do Sporting de Jorge Jesus, com William a ocupar a posição mais fixa na zona central, João Mário a ser uma espécie de interior direito, ficando Adrien como interior esquerdo. Danilo Pereira, João Moutinho, André Gomes e mesmo Renato Sanches constituem uma forte concorrência, mas penso que Fernando Santos quererá tirar partido das rotinas já existentes entre estes três elementos, em claro crescendo no final da temporada. Rafa seria o vértice mais adiantado do losango, no apoio aos avançados.

    No entanto, este losango poderá transformar-se, em alguns momentos do jogo, num meio campo mais semelhante ao que é utilizado, por exemplo, pelo Sporting. Ou seja, com dois elementos no centro (Adrien e William), enquanto João Mário e Rafa abririam para cada uma das alas: João Mário para a direita e Rafa para a esquerda. Nesse caso, Nani poderia recuar um pouco para fazer combinações com os médios, ficando Ronaldo mais solto na frente.

    No ataque, como já referi,  Ronaldo e Nani também parecem ter os seus lugares assegurados. O problema será quando precisarmos de mexer no jogo a partir do banco de suplentes, onde só vejo uma unidade capaz de acrescentar valor: Ricardo Quaresma. Quanto a Éder, penso que o mais acertado é não depositar grandes esperanças.

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    Diogo Janeiro Oliveira
    Apaixonado por futebol, antes dos livros da escola primária já lia jornais desportivos. Seja nas tardes intermináveis a jogar, nas horas passadas no FIFA ou a ver jogos, o futebol está sempre presente. Snooker, futsal e andebol são outras paixões. Em Portugal torce pelo Sporting; lá fora é o Barcelona que lhe enche as medidas. Também sonha ver o Farense de volta à primeira…                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.