Liga Brasileira: Queda Livre

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    Nunca fiz. Deve ser divertido, mas não tive, até hoje, oportunidade de experimentar a atividade que dá o nome ao nosso artigo. Mas se (literalmente) deve ser uma coisa engraçada para se praticar, já em sentido figurado não tem tanta graça. Analisemos, então, aquelas que são as equipas que à entrada para o segundo terço do Campeonato Brasileiro podem ser consideradas as desilusões.

    Primeiro, claro, o Palmeiras. O Verdão, que há umas jornadas até estava a jogar decentemente, aparece com duas derrotas seguidas e caiu da zona de acesso à Libertadores para um pálido sétimo lugar. O Campeonato foge aos paulistas desde 1994. O Cruzeiro, campeão em título, não poderia fazer muito mais e parece começar agora a recuperação com Vanderlei Luxemburgo. O Santos vai vencendo jogos; todavia, não é suficiente para sair do meio da tabela. São Paulo idem.

    Já os cariocas do Flamengo, depois de um início de Brasileirão vergonhoso para os pergaminhos do clube, parece ter encetado agora uma tímida subida na tabela. Os congéneres do Vasco da Gama continuam a travessia no deserto e nem com o título estadual no bolso estão a ser capazes de se motivar para garantirem a permanência no principal escalão do futebol brasileiro.

    Na frente, só Atlético Mineiro e Corinthians parecem não dar tréguas: até se imitam nos resultados. Os mineiros lideram com dois pontos de vantagem sobre os paulistas.

    O desalento de uns contrasta com a alegria de outros Fonte: odia.ig.com.br
    O desalento de uns contrasta com a alegria de outros
    Fonte: odia.ig.com.br

    Mas a maior queda é, de facto, a do Internacional de Porto Alegre. No grande dérbi daquela cidade – o famoso Gre-Nal – o Colorado foi massacrado e o Grémio brindou o eterno rival com um simples (mas malvado) 5-0. Depois da eliminação na Libertadores, competição para que parecia talhada esta equipa do Inter, os pupilos vermelhos já estão longe de um título que lhes escapa desde a década de 70. E, por falar em história, esta foi a pior derrota no confronto número 407 entre os dois emblemas. Quer dizer, a segunda pior. A vitória mais elástica para o lado gremista aconteceu ainda antes de 1910. E o mais triste para os adeptos do Internacional: perderam o comboio do título (estão a 15 pontos do primeiro lugar) e ainda viram o eterno rival subir para a terceira posição. É curioso verificar, mas o Inter de Porto Alegre tem feito boas campanhas internacionais (duas Libertadores neste século, por exemplo), mas eclipsa-se por completo nas provas nacionais.

    Curioso também é o facto de o Atlético Paranaense não perder desde a entrada do nosso Bruno Pereirinha no plantel. É verdade que o português só jogou no primeiro jogo (dos três que já poderia efetuar), mas talvez Pereirinha funcione como uma espécie de amuleto lusitano. E que amuleto! Sexto lugar para o Furacão e a Libertadores está à vista!

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    Daniel Melo
    Daniel Melohttp://www.bolanarede.pt
    O Daniel Melo é por vezes leitor, por vezes crítico. Armado em intelectual cinéfilo com laivos artísticos. Jornalista quando quer. O desporto é mais uma das muitas escapatórias para o submundo. A sua lápide terá escrita a seguinte frase: "Aqui jaz um rapaz que tinha jeito para tudo, mas que nunca fez nada".                                                                                                                                                 O Daniel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.