Por três segundos se ganha e por três segundos se perde. Foi esta última que aconteceu ao Sporting hoje no jogo com o Granollers, quando os catalães fizeram o 25-23 final, o último resultado que com diferença de dois golos dava eliminação do Sporting.
Foi um Sporting sem medo, o que vimos entrar em campo (ainda bem que existe internet) e que conseguiu uma vantagem de quatro golos (1-5) que fez todos os sportinguistas acreditar que algo de bom podia estar a caminho. No entanto, o elevar de ritmo do actual segundo classificado da Asobal fez com que o Sporting não conseguisse continuar na frente do marcador e tivesse ido para intervalo a perder por 12-9.
Na segunda parte, o Sporting voltou a conseguir assumir o jogo e voltou para a frente do marcador, tendo estado a vencer por três golos (18-21) até à entrada dos últimos seis minutos. Teve ainda a possibilidade de alargar a diferença para quatro golos, naquilo que resultou num falhanço de Spínola em contra ataque, no qual “apenas” tinha o guarda-redes pela frente. Este falhanço pode ter mexido com os jogadores do Sporting, pois a partir daí pouco se acertou quer na defesa quer no ataque, o que demonstrou a falta de preparação psicológica dos jogadores leoninos, que não foram capazes de superar os momentos de grande pressão que viveram hoje.
O pavilhão, incansável no apoio à sua equipa mesmo sem estar cheio, também ajudou o esforço final do Granollers, que conseguiu ir recuperando no marcador e teve a posse de bola decisiva com 20 segundos para o final. A defesa foi fechando tudo, mas não conseguiu evitar um remate do ponta direito a três segundos do fim, que ditou o fim do sonho de regressar à fase de grupos da EHF CUP (para os mais desconhecedores da modalidade, equivale à Liga Europa do futebol).
É ainda de destacar o facto de terem sido marcados, pelo menos, duas vezes jogo passivo ao Sporting com 21 e 24 segundos de ataque, quando o normal é, apesar de não estar definido em nenhuma parte, esperar pelos 30 segundos.
Para a mesma competição, também o Porto foi jogar a Espanha e também ele perdeu (28-25), mas no seu caso a diferença deu para garantir a passagem. Assim, voltaremos a ter uma equipa nacional nesta fase, algo que acontece apenas pela segunda vez na história.
Foto de Capa: Sporting CP