AA Águas Santas 23-31 Sporting CP: Leões voltam a rugir na Maia

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A Associação Atlética de Águas Santas e o Sporting Clube de Portugal defrontaram-se esta quarta-feira, dia 22 de novembro, para um encontro alusivo à décima primeira jornada do campeonato nacional de andebol.  O Sporting partiu para a partida na quarta posição da tabela classificativa (com menos um jogo do que os rivais diretos), contando com 27 pontos. Já o Águas Santas ocupava o décimo lugar, com dezoito pontos, os mesmos que o Arsenal da Devesa e que a outra formação maiata da prova, o Maia/ISMAI.

Tendo por base os últimos cinco jogos das duas equipas, percebemos que se tratam de equipas do mesmo campeonato mas com objetivos claramente distintos: o Sporting soma cinco vitórias em cinco partidas, enquanto a formação maiata conta com três derrotas e duas vitórias. Das três derrotas, duas delas foram contra a equipa do FC Porto e do ABC de Braga.

Do lado dos Leões, a equipa orientada por Hugo Canela pretendia vingar a derrota do passado sábado contra o Motor Zaporozhye, que valeu o afastamento dos Leões da Liga dos Campeões. Foi, portanto, um Leão que ainda lambia as feridas aquele que se bateu na Maia frente ao Águas Santas. O Sporting iniciou a partida com Cudic na baliza, Carlos Carneiro a central, Frankis Carol Marzo a lateral direito, Edmilson Araújo a lateral esquerdo, Pedro Portela a ponta-direita, Felipe Borges a ponta-esquerda e, finalmente, a posição de pivô ficou preenchida por Tiago Rocha. A equipa maiata contou com António Campos na baliza, Elias António a lateral esquerdo, Pedro Cruz a central, Gonçalo Vieira a lateral direito, André Rei a ponta-direita, Rui Ferreira a ponta-esquerda e, como homem mais ofensivo, Luís Frade ocupou o lugar de pivô.

Facilmente se percebeu que o treinador da formação do Águas Santas, Rolando Freitas, pretendeu “baralhar” a defesa leonina, contando com oscilações posicionais dos seus jogadores nos momentos ofensivos da equipa. O objetivo passou por confundir e baralhar as marcações dos Leões, facilitando as penetrações na grande-área leonina por parte dos jogadores da casa. Mas essa fluidez tática e posicional só foi possível porque a equipa do Águas Santas é um conjunto bastante amadurecido, quer nos processos ofensivos quer defensivos, com bons jogadores que permitem jogadas demonstrativas de um elevado sentido de equipa e de grupo.

Contudo, apesar das investidas do Águas Santas, foi o Sporting que acabou por entrar melhor na partida. Defensivamente optou pelo seu habitual 6×0, oscilando com 5×1, colocando Felipe Borges na cobertura ao jogador maiato com posse de bola nos momentos de organização ofensiva da equipa da casa. De resto, mais uma vez, o brasileiro do Sporting esteve muito bem em vários momentos do jogo. Foi sempre muito agressivo a defender e muito eficaz. O jogo foi propício ao aparecimento das qualidades técnicas dos guarda-redes: Cudic do lado dos Leões e António Campos do lado dos maiatos, conseguiram retirar alguns aplausos das bancadas do Pavilhão do Águas Santas. Ao minuto dezasseis, assistiu-se a uma grande defesa de Cudic e a uma resposta, minutos depois (minuto dezanove), de António Campos face a remate de Carlos Carneiro.

Ao minuto treze do primeiro tempo, entra o espanhol Carlos Ruesga na equipa dos Leões, ocupando a posição de Lateral Esquerdo e, de seguida, ocupando a posição de lateral direito, mantendo-se Carlos Carneiro na posição de central. Corriam já os momentos finais da primeira parte e podia ver-se o espanhol na sua posição “de origem”, isto é, atuando como Central. O Sporting esteve sempre por cima do jogo. O placard ia denunciando isso mesmo: ao minuto quinze da primeira parte, o resultado era de 4 – 8 favorável aos Leões. Ao minuto vinte, era já de 4 – 10, ampliando para o dobro, no espaço de cinco minutos, o resultado a favor do Sporting.

Os leões conseguiram mais uma importante vitória no norte do país Fonte: Sporting Clube de Portugal - Andebol
Os leões conseguiram mais uma importante vitória no norte do país
Fonte: Sporting Clube de Portugal – Andebol

Ao minuto vinte, entrou Mário Oliveira na equipa do Águas Santas, para a posição de Ponta- Esquerda. Foi também no minuto vinte que Cudic voltou a brilhar com uma uma excelente defesa, face a um remate portentoso do angolano Elias António. No minuto 22, entra Michal Kopko rendendo Tiago Rocha. Kopko entrou e amedrontou a defesa maiata, um guerreiro, um autêntico destruidor de muralhas defensivas.

Na segunda parte, os Leões continuam por cima da partida. Entrou para a formação leonina Pedro Valdés, para a posição de Lateral Esquerdo. O cubano foi protagonista de vários remates à baliza do Águas Santas, alguns deles culminando em golos indefensáveis para António Campos. Valdés entrou e deu show de andebol na Maia, afirmando a supremacia dos Leões nesta partida. Os comandados de Hugo Canela exploraram, neste segundo tempo, o contra-ataque, apanhando várias vezes a equipa maiata desconcentrada e em contra-pé. Na verdade, o Águas Santas não mostrou na segunda parte aquilo que foi na primeira: tornou-se uma equipa desconcentrada, desorientada e sem rumo à vista durante toda a segunda parte. E o marcador era como o algodão, não enganava ninguém: ao minuto onze da segunda parte, os leões venciam por 13 – 22 e aos quinze minutos do segundo tempo registava-se já 14 – 25.

Os guarda-redes continuaram a mostrar-se em bom plano nesta segunda parte. No minuto treze, acontece mais um momento de elevado recorte técnico dos guarda-redes da partida – primeiro António Campos, com uma excelente defesa face ao remate do ponta-direita leonino Pedro Portela e, na resposta, uma defesa não menos espetacular de Cudic, após um contra-ataque do Águas Santas. A partida já começava a valer a pena, não fosse pela exibição dos guarda-redes.

Os últimos quinze minutos da partida contaram com a presença de Janko Bozovic a lateral direito. O lado direito dos Leões conheceu também uma nova face nestes momentos finais da partida: entrou para o lugar de Portela, o jovem Franscisco Tavares. Entrou também nos momentos finais o guarda-redes Manuel Gaspar e, do lado do Águas Santas, a baliza era agora ocupada por Pedro Pacheco. Pacheco protagonizou mesmo uma excelente defesa ao minuto 22 após remate de Franscisco Tavares, levando aos aplausos dos adeptos afetos à equipa da casa. Manuel Gaspar ia correspondendo à chamada do outro lado na baliza dos Leões.

Em suma, a partida acabou com o resultado final de 23- 31, a favor dos Leões de Hugo Canela. Resultado justo e merecido para aquilo que ambas as equipas fizeram na partida.

Simão Mata
Simão Matahttp://www.bolanarede.pt
O Simão é psicólogo de profissão mas isso para aqui não importa nada. O que interessa é que vibra com as vitórias do Sporting Clube de Portugal e sofre perante as derrotas do seu clube. É um Sportinguista do Norte, mais concretamente da Maia, terra que o viu nascer e na qual habita. Considera que os clubes desportivos não estão nos estádios nem nos pavilhões, mas no palpitar frenético do coração dos adeptos e sócios.                                                                                                                                                 O Simão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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