O clássico deste sábado, em que o Sporting saiu vitorioso (30-29), foi marcado pela estreia de Carlos Martingo no comando técnico do Porto, após a saída de Lars Walther. O pavilhão do FC Porto, Dragão Caixa, tinha a lotação quase esgotada. As equipas entraram em campo separadas por seis pontos, o Sporting em 1.º lugar com 50 pontos e o Porto em 3.º com 44.
Com este resultado, o Porto fica praticamente fora do título – perde três pontos para o Benfica, que venceu o ABC em Braga por 31-30 e fica com 49 pontos – e fica a oito pontos do líder, Sporting, que passa a somar 53 pontos. O Porto tem ficado muito aquém das expectativas nesta fase final do campeonato nacional: soma dois empates, duas derrotas e apenas uma vitória em cinco jogos.
O Sporting começou o jogo mais forte com Frankis Carol a marcar os dois primeiros golos do jogo. O Porto rapidamente se recompôs e, aos sete minutos, já estava em vantagem (4-3). Evidenciava-se Nikola Spelic, a lateral esquerdo, na equipa dos Dragões. Aos 13 minutos, o Sporting a vencer por um golo (6-7) conseguiu superioridade numérica com a exclusão de Daymaro Salina mas o Porto conseguiu anular os ataques precipitados do Sporting e ainda empatar com um golo de Miguel Martins (7-7 aos 15 minutos da primeira parte).
Frankis Carol foi substituído por Edmilson Araújo, que cumpriu muito bem o papel, e o Sporting conseguiu a primeira vantagem de três golos no jogo (9-12 aos 22 minutos). Nesta altura do jogo, a equipa do FC Porto encontrava-se “desnorteada”, com dificuldade em encontrar soluções de ataque. Ao intervalo, depois de uma primeira parte muito equilibrada e bem disputada, o resultado estava empatado 14-14.
O Sporting marcou primeiro na segunda parte por Frankis Carol, o 5º golo do jogador no jogo. O equilíbrio manteve-se entre Porto e Sporting no Dragão Caixa, com o Sporting ligeiramente mais forte. Aos cinco minutos da segunda parte, José Carrillo, ponta esquerda do FC Porto, apontava também o seu quinto golo no jogo (16-17).
Aos cinco minutos e 50, Pedro Portela foi excluído dois minutos por falta defensiva e Francisco Tavares por fazer a substituição de forma ilegal. De espantar é o facto de o Sporting, com dois jogadores a menos, ainda ter conseguido ampliar a vantagem de dois para três golos – fase do jogo muito acesa, com cinco golo em pouco mais de 2 minutos.
Esta boa fase do Sporting foi interrompida por um time out pedido por Carlos Martingo, e pela reação do FC Porto a este time out, com dois golos de Carrillo (20-21 aos 11 minutos).
O Porto ia desperdiçando e, perto dos quinze minutos da segunda parte, o Sporting conseguia uma vantagem de quatro golos pela primeira vez no jogo (21-25) – ia-se notando cada vez mais a ausência de Carlos Ruesga no Sporting, apesar do resultado dilatado. Cláudio Pedroso estava a realizar um grande jogo, não só pelos golos apontados mas também pelas assistências para o pivot do Sporting, Tiago Rocha.
Na fase final do jogo, o Sporting foi gerindo as vantagens de três ou quatro golos com algum controlo, a utilizar bem o tempo de ataque e a dominar o jogo.
Destaque para as exibições de Cláudio Pedroso, que liderou a equipa na fase mais apertada e apontou seis golos. Do lado do Porto, José Carrillo realizou um excelente jogo com oito golos apontados – grande eficácia da ponta esquerda.
Vitória clara do Sporting ao Porto por 30-27, segunda vez esta época em casa do Porto e desde o ano 2000. O Sporting soma a 26ª vitória consecutiva no campeonato e ameaça o recorde do FC Porto (27 vitórias consecutivas). Os leões seguem no 1º lugar a quatro pontos do segundo classificado, Benfica.
O título parece que vai ser disputado entre o Sporting e o Benfica. Faltam apenas cinco jogos e Benfica e Porto ainda se deslocam ao pavilhão João Rocha.
EQUIPAS INICIAIS:
FC Porto:
Alfredo Quintana, António Areia, José Carrillo, Nikola Spelic, Rui SIlva, Daymaro Salina e Angel Zulueta
Sporting:
Aljosa Cudic, Carlos Carneiro, Frankis Carol, Cláudio Pedroso, Pedro Portela, Pedro Solha e Tiago Rocha