Paris Saint-Germain 29-28 FC Porto: História ali tão perto

    A CRÓNICA: FC PORTO VOLTOU AO JOGO TARDE DEMAIS

    O FC Porto deslocou-se até Paris em mais uma jornada na EHF Champions League, após a vitória frente a um dos principais rivais a nível nacional, o Sporting CP. O adversário de hoje era, novamente, o PSG, uma das melhores equipas a nível europeu.

    A equipa francesa entrou com uma defesa agressiva e fluida, idêntica à que foi decisiva para vencer um jogo difícil em Portugal, pressionando imenso a primeira linha do FC Porto. Apesar disto, foi a equipa portuguesa a primeira a abrir o marcador.

    Com o passar do tempo, as dificuldades não só se mantiveram, como se foram acumulando os erros ofensivos que permitiram que o PSG construísse uma vantagem tranquila numa fase inicial da partida. Nesse sentido, o primeiro time out surgiu praticamente a meio da primeira parte, aos treze minutos, altura em que a equipa de Magnus Andersson perdia 8-5.

    Nas poucas vezes em que os “dragões” conseguiam espaço para finalizar, surgia Vicent Gerard, que se apresentou a grande nível na partida de hoje. O FC Porto ainda conseguiu um parcial de 0-2 à entrada dos cinco minutos finais da primeira parte, parcial esse que levou o treinador do PSG a pedir a paragem do jogo. Esta recuperação não foi além dos três golos de diferença, sendo que a equipa da casa chegou ao intervalo a vencer 15-11.

    O panorama pouco mudou na segunda parte. O FC Porto ainda tentou o 7×6 aos oito minutos, mas a aposta durou apenas até a meio do segundo tempo e teve poucos resultados práticos. Em termos defensivos, a equipa portuguesa tentava adiantar a defesa de modo a pressionar a primeira linha adversária, mas o PSG conseguiu sempre de forma simples encontrar o espaço ao jogar com os pivots.

    Nos últimos dez minutos da partida, a equipa da casa apostou no 7×6, uma mudança tática que se esperava já não ter muito impacto no jogo. No entanto, os azuis e brancos foram aproveitando alguns erros ofensivos da equipa francesa e foram diminuindo a desvantagem, até que a apenas quatro minutos do final da partida, o treinador Raul Gonzalez foi obrigado a parar o jogo que a vantagem já era de apenas dois golos.

    Nesta altura, o FC Porto voltou ao 7×6 enquanto o PSG regressou ao 6×6 ofensivamente. Apesar do esforço final, os “dragões” ficaram a um golo de conquistar pontos em Paris, tendo sido o resultado 29-28.

    Segunda derrota consecutiva do FC Porto na EHF Champions League, ambas frente ao PSG, que se encontra neste momento na quinta posição do Grupo A. Apesar de ainda ser uma posição de qualificação para a próxima fase, as equipas nas posições abaixo têm todas pelo menos três jogos a menos em relação ao FC Porto e a diferença é de apenas três pontos.

    A FIGURA

    Dainis Kristopans – Uma das âncoras defensivas do PSG e uma arma ofensiva sempre apontada à baliza adversária (três golos e quatro assistências). O gigante lateral direito foi decisivo em todos os momentos da partida.

    O FORA DE JOGO

    Miguel Martins – As principais vítimas da boa prestação defensiva do PSF foram os jogadores da primeira linha do FC Porto. O central ainda tentou remar contra a maré, tendo feito nove remates, mas marcou apenas dois golos e falhou os dois que fez dos seis metros. Um jogo menos positivo do jovem central português.

     

    ANÁLISE TÁTICA – PARIS SAINT-GERMAIN

    É comum ouvir que a defesa ganha jogos e a organização defensiva que o PSG apresentou desde o começo da partida permitiu-lhe partir com vantagem nos momentos iniciais. Uma defesa fluída e agressiva, a variar entre o 3x2x1, o 5×1 e, por vezes, o 4×2, que colocou uma pressão enorme na primeira linha do FCP. Para complementar, Vicent Gerard também se apresentou a um grande nível. Ofensivamente, a equipa francesa explorou ao pormenor as entradas dos pontas a segundo pivot e o jogo com os mesmos, principalmente quando os defesas adversários se adiantavam.

    O jogo parecia controlado, mas a aposta final no 7×6 veio complicar as contas. A verdade é que a este nível não se pode facilitar desta forma e se o PSG quer chegar ao topo da Europa tem de impedir estes pequenos percalços.

    Sete Inicial e Pontuações

    Vicent Gerard (7)

    Dainis Kristopans (9)

    Mikkel Hansen (8)

    Toft Hansen (8)

    Dylan Nahi (8)

    Luka Karabatic (7)

    Nedim Remili (6)

    Suplentes Utilizados e Pontuações

    Ferran Sole (5)

    Elohim Prandi (5)

    Benoit Kounkoud (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    O PSG entrou na partida a repetir a receita, em termos defensivos, que levou à vitória no Dragão Arena na jornada anterior. Deste modo, as dificuldades ofensivas foram inúmeras, tendo todos os ataques de ser muito trabalhados, sendo todos os golos “vendidos caro” pelo adversário. Numa situação destas, as equipas têm de ser altamente eficazes nas oportunidades aos seis metros, algo que o FC Porto também não conseguiu ser, principalmente na primeira parte (13/21 no final da partida). Defensivamente, há pouco mais a fazer contra uma equipa que tem inúmeras soluções para chegar ao golo.

    Sete Inicial e Pontuações

    Nikola Mitrevski (5)

    Miguel Martins (5)

    Miguel Alves (5)

    Diogo Silva (5)

    Ivan Sliskovic (5)

    Leonel Fernandes (5)

    Victor Iturriza (8)

    Suplentes Utilizados e Pontuações

    Alfredo Quintana (5)

    Manuel Spath (5)

    Djibril M’bengue (5)

    Rui Silva (7)

    Daymaro Salina (7)

    Diogo Branquinho (7)

    António Areia (6)

    André Gomes (9)

    Fábio Magalhães (5)

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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    Pedro Palma
    Pedro Palmahttp://www.bolanarede.pt
    Há mais de dez anos a virar frangos nas balizas do Andebol, adepto ferrenho do Benfica e alentejano. O Andebol é com ele.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.