SNOOKER
Your 2021 @Betfred World Champion, Mark Selby! #ilovesnooker pic.twitter.com/Daaoy7pfc4
— World Snooker Tour (@WeAreWST) May 3, 2021
Mark Selby – O horóscopo chinês insiste na ideia de que 2021 foi o ano do boi. Eu insisto que foi o ano do tubarão. Mark “The Shark” Selby subiu ao cume do Snooker mundial pela quarta vez a três de maio e por lá ficou, terminando o ano civil no primeiro lugar do ranking mundial da World Snooker Tour (WST). Foi o quarto título do “Jester from Leicester” nas últimas oito edições do Campeonato do Mundo.
O estilo de jogo não é o mais atrativo – é um jogador cauteloso e calculista, tendo sempre o olho em cima da melhor forma de defender e não de atacar. Como tal, há quem não goste. Acredito, todavia, que Mark Selby não derrame muitas lágrimas por isso – os tubarões não choram.
Acredito também que mesmo que sinta alguma mágoa esta desvaneça sempre que o jogador de 38 anos passa o espanador pela estante dos troféus para tirar o pó aos 20 títulos de ranking. É verdade que o Mundial foi a única conquista de Selby em 2021, mas não é menos verdade que é a conquista mais importante e permite a Mark igualar o número de títulos de campeão do mundo de John Higgins e assumir-se não só como um dos melhores da sua geração, mas um dos melhores da história da modalidade.
Ainda assim, convém realçar os nomes de Yan Bingtao, que venceu o Masters 2021 – primeiro torneio do ano -, mas não deu a melhor continuidade e de Luca Brecel, que fez um último trimestre do ano de grande nível, além dos três crónicos da Geração de ´92 –estão para durar, felizmente – e de Neil Robertson e Judd Trump, que parecem dispostos a ajudar Selby a carregar a próxima meia década do Snooker mundial como têm feito nos últimos anos.
Márcio Francisco Paiva