Allyson Felix – Ainda haverá espaço para mais?

O turning point chamado “Jogos Olímpicos do Rio” e a desilusão de Londres

2016 foi um ano que começou também com várias lesões e limitações. Ainda assim, a atleta queria ir aos Jogos do Rio participar nos 200 e 400, procurando mais história. Nos 400 metros apurou-se com facilidade nos Trials norte-americanos, mas viria a falhar o objetivo nos 200 metros, ao ficar na 4ª posição a 0.01 segundos do lugar de apuramento.

No Rio, era uma das grandes favoritas ao Ouro nos 400 metros. Esta seria a primeira vez que procurava vencer o Ouro olímpico nesta distância, depois de ter alcançado a medalhas nos Campeonatos Mundiais do ano anterior. Na 1ª ronda, a mais rápida foi Phyllis Francis. Nas meias-finais, existiram várias marcas de enorme nível: na 1ª série, Phyllis Francis (50.31) continuava a dominar com tranquilidade e parecia ter muito no tanque; na 2ª série, Shericka Jackson e Natasha Hastings mostraram os galões baixando ambas dos 50 segundos; mas na 3ª série era a vez de vermos Allyson Felix e Shaunae Miller-Uibo e as atletas não desiludiram. Felix bateu Miller-Uibo, com uma grande marca de 49.67 segundos, afirmando-se como favorita ao Ouro olímpico.

A final, no entanto, trouxe algo diferente. Allyson Felix até correu o seu melhor da temporada (49.51) e parecia ganhar terreno a Miller-Uibo nos metros finais, mas a atleta das Bahamas caiu sobre a meta (o que muitos ainda acham que foi um mergulho), vencendo ao limite com o que na altura era o seu melhor pessoal de 49.44 segundos! Foi uma das finais mais dramáticas da história da distância. Quanto às estafetas, passado poucos dias, Felix levou mais duas medalhas de Ouro para casa nos 4×100 e 4×400.

Em 2017, a grande competição seriam os Campeonatos Mundiais de Londres. Uma vez que a atleta tinha um wild card para os Mundiais nos 400 metros (pelo seu título de 2015), resolveu participar nos 100 e 200 metros nos Nacionais Norte-Americanos. Não conseguiu lugares de apuramento em nenhum dos eventos, mas as perspetivas para os Mundiais eram muito boas. Um mês antes dos Campeonatos, correra na Diamond League de Londres em 49.65, o que era na altura a marca líder do ano e na pista em que iriam decorrer os Campeonatos. A final do evento revelou-se uma caixinha de surpresas. Numa prova que se esperava mais um duelo Miller-Uibo x Felix, nenhuma das duas atletas conseguiu provar o favoritismo.

Com uma pista totalmente encharcada depois de uma forte chuvada na capital inglesa, Allyson Felix arrancou bastante forte e viria a pagar caro a estratégia (que se revelou suicida), começando a ceder terreno à entrada para a última curva. Miller-Uibo ia a caminho de mais um título global, mas… uma distração da atleta das Bahamas retirou-lhe o ritmo e acabaria por ficar fora do pódio. Felix ainda foi Bronze em 50.08, mas viu Salwa Eid Naser surpreender na segunda posição em 50.06 e a sua compatriota Phyllis Francis levar a vitória num recorde pessoal e fantástico tempo de 49.92 segundos, ainda mais se tivermos em conta as condições da pista.

A atleta confessou-se desiludida após a final de Londres
Fonte: IAAF
Pedro Pires
Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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