No feminino, é verdade que o ano não parece arrancar a nível mundial com a mesma pujança do masculino. Algumas das principais estrelas parecem estar longe do seu melhor – Tianna Bartoletta é o maior exemplo – e outras até já disseram que não irão competir mais esta época (como Brittney Reese) focando-se no ciclo de 3 anos que aí vem. Ainda assim, a temporada de pista coberta prometeu muito e a outdoor começa agora a carburar. Na Diamond League, onde constam os nomes dos principais atletas da actualidade, o Comprimento feminino só agora iniciou, tendo apenas ocorrido uma prova, ao contrário da versão masculina onde já só faltam apenas duas provas, incluindo a final.
A época indoor trouxe agradáveis surpresas, com o grande destaque a ser o que saltou a sueca Khaddi Sagnia, que tem um recorde ao ar livre de 6.78 metros, mas que em pista coberta este ano conseguiu saltar 6.85 metros na Suécia e passado poucos dias 6.92 metros em Glasgow, num novo recorde nacional indoor!
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Não foi tão feliz em Birmingham, nos Mundiais Indoor que foram ganhos pela inevitável Ivana Spanovic, que saltou nessa final 6.96 metros, aquela que foi a melhor marca indoor de 2018. Ao ar livre, a pouca exposição da disciplina em meetings de elite, até ao momento, não tem permitido ainda saltos acima dos 7 metros, mas permitiu vermos algumas boas marcas. A alemã Malaika Mihambo lidera para já o ranking mundial, ao ter conseguido um novo recorde pessoal em 6.99 metros, acima do salto que lhe deu o 4º lugar no Rio. A canadiana Christabel Nettey e as britânicas Shara Proctor e Lorraine Ugen são outras atletas que têm andado próximo do seu melhor com saltos acima dos 6.80 metros, mas a semana ficou marcada por um acontecimento totalmente inesperado: Caterine Ibarguen, a colombiana grande estrela do Triplo Salto, decidiu passado 3 anos fazer uma prova do Comprimento em Marselha e não só o fez, como o fez com novo recorde pessoal e novo recorde colombiano, ao saltar 6.87 metros!