Os desafios que aí vêm e as rivais
Europa
Num ano que – não nos cansamos de o repetir – é especial devido ao calendário pouco usual, os futuros desafios que se apresentam para a atleta portuguesa são variados e com expetativas associadas também elas diferentes. Além dos Campeonatos Nacionais (de Portugal e Clubes) que decorrerão nas próximas semanas e onde a atleta até tem a vantagem (pelo menos, no Campeonato de Portugal) de ter uma outra atleta de elite que lhe “obriga” a elevar o nível (falamos de Susana Costa), o maior desafio da temporada de Pista Coberta serão mesmo os Europeus que decorrerão em Glasgow nos primeiros três dias de Março (a qualificação será na Sexta, dia 1 e a final no Domingo, dia 3). A atleta – que já conquistou um título europeu ao ar livre – tem como melhor participação na prova indoor o 2º lugar alcançado nos Europeus de Belgrado há dois anos, quando saltou 14.32 metros, a apenas 5 centímetros da medalhada de Ouro, a alemã Kristin Gierisch. Gierisch será naturalmente uma das maiores rivais de Patrícia Mamona, que terá também a companhia já confirmada de Susana Costa em Glasgow, repetindo a dupla habitual do Triplo nacional em grandes competições.
De forma natural, outra das grandes adversárias de Mamona será a nova campeã europeia ao ar livre e Bronze nos Europeus Indoor de Belgrado, a grega Paraskevi Papachristou, ela que até teve para participar no meeting de Karlsruhe, mas que acabou por cair no último momento. A já referida Olha Saladukha – apesar de se encontrar na fase descendente da carreira, aos 35 anos – continua a ser um nome a não descartar quando chegar a hora das decisões, principalmente porque este ano já saltou em pista coberta como não o fazia há 5 anos.
A israelita Hanna Minenko é outra presença habitual em pódios – ou a cheirar o pódio – e foi a atleta que ficou logo atrás de Mamona no seu título europeu. E a romena Andreea Panturoiu foi 4ª nos Mundiais Indoor do ano passado e nos Europeus de Berlim, pelo que quererá com certeza deixar para trás essa indesejável posição. De França, Jeanine Issouf e Rouguy Diallo vêm de uma época de importantes marcas e recordes pessoais, pelo que muito se espera delas para 2019. No entanto, uma das maiores favoritas terá mesmo que ser a atleta que venceu o meeting de Karlsruhe, a espanhola Ana Peleteiro.
Uma ex-campeã mundial júnior, que passou por um período conturbado de lesões e problemas físicos, a atleta treinada por Iván Pedroso parece mais preparada do que nunca para os grandes momentos e, além das duas medalhas de Bronze alcançadas em 2018, começou este 2019 a bater o recorde pessoal indoor e a bater a campeã mundial, pelo que a moral estará em alta. A líder europeia – e mundial – é, no entanto, para já, a russa Yekaterina Koneva, que parece de volta ao seu melhor, tendo já saltado impressionantes 14.81 metros. No entanto, a atleta não consta da lista de atletas russos autorizados pela IAAF para competir internacionalmente. Para já, está fora destas contas, mas, caso consiga o estatuto neutral a tempo dos Europeus de Glasgow, será automaticamente a principal favorita ao Ouro, ela que já foi campeã europeia e mundial de Pista Coberta.