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Que os Jogos de Tóquio marquem uma nova era no Atletismo e que criem estrelas globais – Todos nós reconhecemos as estrelas atuais do nossos desporto e são muitas. Muitos deles/delas a bater ou a cheirar recordes mundiais. Muitos deles ainda na flor da idade. Muitos deles com enorme potencial de marketabilidade.
Mondo Duplantis, Sydney McLaughlin, Dina Asher-Smith, Karsten Warholm, Noah Lyles, Joshua Cheptegei, Salwa Eid Naser, Michael Norman, Shaunae Miller-Uibo, Steven Gardiner, Yulimar Rojas…há muitos e muitos grandes nomes que ainda têm, pelo menos, mais dois ciclos olímpicos à sua frente, depois de Tóquio. Se a eles juntarmos o nome de estrelas consagradas, como Shelly-Ann Fraser Pryce, Wayde van Niekerk (?), Dalilah Muhammad, Omar McLeod, Mariya Lasitskene, Christian Taylor, Sandra Perkovic, Johannes Vetter ou Mutaz Essa Barshim, fica claro que os Jogos de Tóquio podem ser dos mais emocionantes de sempre.
Não me recordo de uma situação em que tantos atletas jovens já tivessem ganho “tanto nome” e “tanto terreno” à entrada para os seus primeiros Jogos. E isto é especialmente bom que aconteça em Tóquio.
E porquê? Primeiro, pelo efeito Usain Bolt. Os Jogos da capital nipónica serão os primeiros da fase pós-Usain Bolt. No Rio ainda tivemos essa áurea que sempre andou atrás do jamaicano, uma vez que seriam as suas últimas participações em Jogos Olímpicos. Nada disso acontecerá aqui. O produto “atletismo” terá que se vender por si só e, ao mesmo tempo, terá uma oportunidade de vender as suas novas estrelas, de vender a nova geração, sem o “fantasma Bolt” por lá andar.
Para aguçar ainda mais o potencial de crescimento, caso não exista limitação de público, o facto de vermos o Estádio Nacional de Tóquio cheio para praticamente todas as sessões de Atletismo será outro factor de promoção do desporto pelo mundo fora, dado uma bem melhor imagem do que a das clareiras do público, em 2016. Tóquio poderá e deverá servir de trampolim para uma nova era do Atletismo no panorama do desporto global.