Demasiada artilharia para um FC Porto sem balas | Basquetebol Nacional

    PRESSÃO E CLASSE

    O jogo um sintetiza e abre as hostes para o que seriam os próximos jogos: domínio acentuado do SL Benfica nos dois lados do campo e um FC Porto com muitas dificuldades em transição, em encontrar vantagens, e com o ataque estagnado e pouco fluído.

    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Obviamente, importa sublinhar que as variações defensivas do SL Benfica (reação forte após cesto, defesa homem a campo todo, zona 1-3-1/2-3) são coniventes desta dificuldade azul e branca, ao passo que Moncho López não conseguiu adaptar-se à adversidade provocada pelos encarnados. Em cima disso, o FC Porto não conseguiu equiparar o talento individual do SL Benfica nem a profundidade em termos de plantel. Não é que o FC Porto tenha «saltado» menos homens do banco que o SL Benfica – por exemplo, nos primeiros dois jogos os portistas saltaram seis jogadores, enquanto os encarnados apenas conseguiram fazer saltar quatro – o problema é que a qualidade/experiência dos homens que o SL Benfica tinha no banco não se aproxima dos homens do FC Porto.

    Em termos individuais destaco Makram Ben Romdhane e José Barbosa como os principais elementos do SL Benfica fora do cinco inicial, pela inteligência e maturidade em todas as ações, sendo Makram um jogador claramente diferenciado do ponto de vista da LPB.

    No vídeo abaixo será demonstrado algumas ações que, ao longo dos quatro jogos, considerei que tiveram impacto e que traduzissem bem a diferença entre ambos os conjuntos. Por exemplo, a diferença de atuação no 2×2 a meio campo, o modus operandis do SL Benfica em ataque posicional, a compreensão de jogo de algumas individualidades e ainda a forma de atacar do FC Porto.

    Os azuis e brancos apenas conseguiram criar perigo, no 2×2, com Max Landís ou Francisco Amarante, pelo que a ameaça ao nível do tiro exterior de ambos acabou por obrigar os defensores do SL Benfica a não saltar por cima do bloqueio direto, ao contrário do que aconteceu com Kloof, que basicamente foi solicitado/desafiado pelos homens do SL Benfica para lançar. Para se entender a dificuldade do neerlandês em marcar triplos, o base marcou 2/11 do tiro exterior, sendo que muitos não foram contestados. Com toda a certeza que Norberto Alves «viveu bem» com os lançamentos de fora de Kloof…

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.