Alguém salve Bradley Beal

    Foi na semana passada que os Wizards ofereceram, logo no primeiro momento em que conseguiram, uma extensão de contrato a Bradley Beal. Extensão essa que não vai ser aceite por Beal. O jogador americano pode aumentar em muito os seus ganhos no próximo verão ou, potencialmente, procurar uma equipa onde a confusão não seja tão grande como a que há na capital norte-americana.

    Enquanto aguarda o nascimento do seu filho (razão que o levou a deixar o estágio da seleção dos Estados Unidos com vista à participação no Mundial) Bradley Beal vai estudando o melhor passo a dar. A extensão de contrato neste momento não é uma opção. Com uma boa época em 2020, o max contract fica no horizonte do base. Mas será possível fazer uma boa época em D.C.?

    Os Wizards têm feito um leve esforço para emendar os erros do passado, mas isso não chega. O contrato de John Wall continua a pesar, principalmente quando o jogador vai falhar toda a próxima época. Voltará um jogador diferente e não é propriamente o melhor amigo de Beal. Thomas Bryant, Rui Hachimura, Davis Bertans ou Troy Brown são jovens com algum potencial, mas não são um elenco jovem que consegue competir com os restantes na liga.

    E o contrato de Ian Mahinmi continua a ser um erro que ninguém percebe. No fundo, Bradley Beal estará a gastar o seu pico de forma numa das piores equipas da liga.

    Bradley Beal frente aos Boston Celtics na última temporada
    Fonte: Washington Wizards

    Para Beal a solução óbvia parece seguir as pisadas de Paul George, Kawhi Leonard, Jimmy Butler ou Anthony Davis: pedir uma troca, agrupar um conjunto de locais para onde gostaria de ir e decidir a sua vida quando for free agent (neste caso em 2021).

    Para os Wizards, o caminho devia ser o mesmo, embora os seus responsáveis não estejam interessados numa troca. Mas porque é que a troca faz sentido para os Wizards? Porque na free agency de 2020 não há jogadores de grande nível disponíveis e em 2021 juntar Beal a outra estrela será quase impossível, com Wall a ocupar 30% do espaço salarial. Não há grandes ativos que permitam trocar por outra estrela. Washington falhará em colocar uma equipa competitiva à volta de Beal e acabarão como os Hornets, sem o seu melhor ativo e com uma equipa despedaçada.

    O melhor para todas as partes é o adeus de Beal à capital. Esse adeus acontecerá, de uma maneira ou de outra em 2021, a menos que Beal queira desperdiçar os seus melhores anos numa situação que há muito tempo o incomoda. Resta ao jogador e ao clube chegarem a um acordo para que saiam todos a ganhar no meio de toda esta situação. Mas, por favor, alguém que salve Beal e lhe dê o reconhecimento merecido.

    Foto De Capa: Washington Wizards

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    António Pedro Dias
    António Pedro Diashttp://www.bolanarede.pt
    Tem 22 anos, é natural de Paços de Ferreira e adepto do SL Benfica. Desde muito pequeno que é adepto de futebol, desporto que praticou até aos 13 anos, altura em que percebeu que não tinha jeito para a coisa. Decidiu então experimentar o basquetebol e acabou por ser amor à primeira vista. Jogou até ao verão passado na Juventude Pacense e tem o Curso de Grau I de treinador de basquetebol desde os 19. O gosto pela NBA surgiu logo quando começou a jogar basquetebol e tem vindo a crescer desde então, com foco especial nos Miami Heat.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.