«Vou jogar até aos 35 anos e sair do mundo do basquetebol» – Entrevista BnR com José Barbosa

    -O primeiro jogo sénior e a chamada do presidente-

    «Recordo-me de estar a sair da piscina, ver o telemóvel e era o presidente da federação»

    BnR: Ainda te lembras como correu o teu primeiro jogo sénior? Ansioso/Nervoso?

    José Barbosa: Lembro-me, o primeiro jogo que fiz foi num torneio de pré-época e não estava tão nervoso assim porque era um jogo contra uma equipa da 2.ª divisão e para além disso havia muitos internacionais na nossa equipa que estavam na seleção, portanto, foi um jogo de treino, com muito mais treino do que jogo e até marquei 12 pontos. O primeiro jogo a sério em que me senti nervoso foi o jogo da apresentação. Foi contra uma equipa espanhola, joguei pouco e acabei por apanhar o base principal deles pela frente, mas pronto faz parte.

    BnR: Já tens algumas experiências na seleção nacional, mas pergunto-te: com que sentimento recebeste a notícia da tua 1.ª convocatória?

    José Barbosa: [risos] Também é outra daquelas histórias… Bem, os jogos (da seleção) eram no Verão, mas havia uma lista de pré-convocatória de 35-40 jogadores em Março. O Moncho López decidiu-me incluir nessa pré-convocatória, mas eu acho que foi mais como um prémio por ser um miúdo que até estava a jogar bem na liga. Depois em Junho, lembro-me de estar de férias, e houve várias lesões na seleção. Recordo-me de estar a sair da piscina, ter ido à mochila, ver o telemóvel e era o presidente da federação. Fui logo para casa, fiz a mala e segui nessa noite para o estágio. Não joguei muito, mas o Moncho deu-me o prémio de jogar contra a Geórgia do Zaza Pachulia.

    BnR: O que te marcou mais nessa estadia pela seleção nacional?

    José Barbosa: Foi o medo que nunca achei que iria ter de falar com os meus companheiros. Foi estar à aproximar-me deles e não saber o que dizer ou então pensar dez vezes no que dizer para não dizer asneiras, porque estava a falar com os melhores jogadores portugueses da atualidade…

    BnR: Como olhas para a próxima geração de bases?

    José Barbosa: Cada equipa da liga, atualmente, tem um ou dois bases que podem ingressar na seleção. Tem havido muita concorrência… e isso torna-se como um fator de orgulho para mim, poder continuar a ir à seleção. O futuro está assegurado na posição.

    BnR: De todos os bases que já pudeste jogar/ver, com qual te identificas mais?

    José Barbosa: É difícil, mas talvez o Diogo Gameiro do CAB Madeira. Está a fazer uma época extraordinária e joga de forma muito semelhante a mim.

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.