Remodelar ou não, eis a questão?

    A culpa é dos estrangeiros ?

    O tema dos estrangeiros continua a ser actual e tema de controvérsia. Mesmo aqui ao lado em Espanha (com a poderosa Liga ACB), com excelente formação de jogadores o tema não é consensual. Associação de jogadores, FEB e treinadores não se entendem.

    No passado Mário Palma defendia que as equipas de basquetebol deviam ter como limite dois estrangeiros chegando mesmo a afirmar enquanto selecionador: “em caso contrário perco o interesse em manter-me em funções”. “A minha posição é muito clara: se as regras não mudarem para o ano e se não houver condições claras para que os portugueses possam jogar muito mais tempo no campeonato, então pessoalmente não tenho interesse nenhum em continuar a trabalhar na seleção nacional”, disse Mário Palma.
    Caso as regras não mudassem o treinador considerava que “o basquetebol português vai definhar de tal maneira, que, se calhar, vai acabar”.

    João Freitas tem uma posição vincada sobre o tema
    Fonte: CAB Madeira/Tony Cruz Photography

    Opinião diametralmente oposta têm muitos treinadores como o madeirense João Freitas:

    Para mim essa sempre foi uma falsa questão. Vejam os plantéis das equipas da ACB. Espanhóis que são só campeões europeus e do mundo. E vejam a constituição das melhores equipas das melhores ligas europeias. Vejo que todos esses países já ultrapassaram isso. E nós aqui, coitadinhos dos portugueses, que a culpa dos nossos males é dos malvados dos estrangeiros. Haja paciência para tamanhas enormidades. Defendo e sempre defendi que competência não é nacionalidade e não é assim que quem quer ser jogador de basquetebol de alto nível vai trabalhar mais ou ser melhor”. 

    Como está comprovado medidas avulso não levaram a bons resultados. O problema do basquetebol não se resolve por termos  mais ou menos estrangeiros. O que ajudava o  jogador português eram melhores condições trabalho, melhores treinadores, competições mais atrativas e muita participação internacional. O importante era mesmo os nossos jovens jogadores terem a certeza de que vale a pena investir na carreira de jogador e não serem obrigados a desistir, a exemplo do que fizeram recentemente dois internacionais A quer jogavam regularmente na nossa competição mais importante porque apenas lhes ofereciam 400/500 euros de vencimento.

    Os estrangeiros podem ou não ajudar. Temos alguns de qualidade duvidosa que nada acrescentam ao contrário de uma minoria que serve de motivação.

    Recentemente a FPB voltou a alterar o número de estrangeiros, na próxima época são permitidos 4 +1.

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    Mário Silva
    Mário Silvahttp://www.bolanarede.pt
    De jogador a treinador, o êxito foi uma constante. Se o Atletismo marcou o início da sua vida desportiva enquanto atleta, foi no Basquetebol que se destacou e ao qual entregou a sua vida, jogando em clubes como o Benfica, CIF – Clube Internacional de Futebol e Estrelas de Alvalade. Mas foi como treinador que se notabilizou, desde a época de 67/68 em que começou a ganhar títulos pelo que do desporto escolar até à Liga Profissional foi um passo. Treinou clubes como o Belenenses, Sporting, Imortal de Albufeira, CAB Madeira – Clube Amigos do Basquete, Seixal, Estrelas da Avenidada, Leiria Basket e Algés. Em Vila Franca de Xira fundou o Clube de Jovens Alves Redol, de quem é ainda hoje Presidente, tendo realizado um trabalho meritório e reconhecido na formação de centenas de jovens atletas, fazendo a ligação perfeita entre o desporto escolar e o desporto federado. De destacar ainda o papel de jornalista e comentador de televisão da modalidade na RTP, Eurosport, Sport TV, onde deu voz a várias edições de Jogos Olímpicos e da NBA. Entusiasmo, dedicação e resultados pautam o percurso profissional de Mário Silva.                                                                                                                                                 O Mário escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.