3. É PRECISO QUE SE INVISTA EM EQUIPAS NACIONAIS
Temos Camisola Amarela! Maurício Moreira (Glassdrive – Q8 – Anicolor) vence o contrarrelógio em Gaia e é o vencedor da 83ª Volta a Portugal Continente 2022. pic.twitter.com/QeiUoeueFK
— Volta a Portugal (@VoltaPortugal) August 15, 2022
Como já foi mencionado, a Glassdrive dominou completamente esta 83.ª edição da Volta a Portugal, só não tendo tido real influência nas etapas que terminaram em sprints em grupos mais extensos. Como foi relatado a um órgão de comunicação social pelo diretor desportivo da equipa, Rúben Pereira, na última etapa da Volta, esta incapacidade das restantes equipas em relação ao poderio desta formação em muito se deve à diferença abismal de orçamentos que existe entre a Glassdrive e todas as outras equipas, conseguindo a formação de Rúben Pereira, por esse motivo, atrair grande parte dos melhores ciclistas do calendário velocipédico nacional e possuindo melhores condições gerais.
Até à Volta à Portugal do ano passado, existia uma rivalidade entre as formações da Glassdrive e da W52/FC Porto, estando, em termos da luta pela classificação geral da competição nacional, todas as outras equipas nacionais alguns patamares bastante abaixo destes conjuntos, existindo um verdadeiro fosso. Todavia, a investigação que decorreu recentemente comprometeu a legalidade e a validade dos resultados mais recentes alcançados pela equipa de Adriano Quintanilha, devido ao alegado uso de substâncias dopantes, tendo a UCI retirado a licença para competir ao conjunto portista. Com isto, a bipolaridade do Ciclismo nacional deu lugar a um Ciclismo doméstico quase unipolar.
Pelos factos acima apresentados e para o bem da competitividade do calendário velocipédico nacional, é aconselhável que se faça uma reestruturação de algumas equipas e que ocorra um maior investimento em novas ou nas atuais equipas, para que assim haja uma melhor distribuição de talento e condições similares entre equipas e as competições se tornem mais atrativas.