4. MANTÉM-SE TUDO COMO ESTÁ OU NÃO?
Great day to inaugurate the new @wcc_cycling Satellite Centre in Anadia, Portugal.
Thank you to the President of the Portuguese Federation, Delmino Pereira, Secretary of State of Youth and Sport, João Paulo Rebelo and UCI MC member, Artur Lopes for the warm welcome! pic.twitter.com/52LNEzWtLp
— David Lappartient (@DLappartient) July 4, 2019
A “Grandíssima” é sempre uma competição bastante atrativa para os adeptos nacionais, que assistem às emoções da prova “colados à televisão”, na primeira quinzena de agosto; e para as equipas e ciclistas do país, que focam, já desde a pré-epoca, as suas atenções na prova e a preparam como o objetivo principal do ano. Mas será isto suficiente? Não quererão os adeptos e a organização da Volta que venham competir a Portugal (também) algumas das maiores estrelas da modalidade e os ciclistas lusos que correm nas melhores equipas internacionais?
A Federação Portuguesa de Ciclismo e a organização da Volta a Portugal devem analisar cuidadosamente e seriamente se pretendem que a mais longa competição do Ciclismo nacional suba do terceiro escalão do Ciclismo internacional, agora que a entidade reguladora do Ciclismo, a UCI, vem ponderando fazer uma reestruturação de algumas provas e dos sistemas de pontuação.
Todos os anos os aficionados do mundo velocipédico nacional podem aproveitar o espetáculo que é “Grandíssima”, mas, para descontentamento de quem segue as maiores provas internacionais, nunca marcam presença as maiores estrelas do desporto. Isto deve-se, sobretudo, a três fatores: a sobreposição no calendário com outras provas do segundo e do primeiro escalão; a extensa duração da prova; e a descredibilização do ciclismo nacional, devido aos vários escândalos de doping.
A subida de escalão da prova traria, muito possivelmente, equipas internacionais de maior calibre; serviria de “montra” para os maiores talentos portugueses e contribuiria, à partida, para a credibilização das equipas e dos ciclistas domésticos. Porém, para que isto acontecesse, a Volta a Portugal teria de decorrer em moldes distintos dos atuais e teria de ser reestruturada, o que pode não ser considerado benéfico.
Em suma, é necessário que seja feita uma análise custo-benefício.