Giro d’Itália 2017 – 100 Anos de Grandeza

Após mais algumas etapas entre o plano e a média montanha, chega a etapa 9, com a subida ao Blockhaus, tendo 13,6 km’s e inclinação de 8,4%. É uma etapa que até irá, em princípio, começar de forma algo “relaxada”, mas os últimos quilómetros irão dar pouco espaço para sequer o pelotão poder “respirar”. Espera-se que os verdadeiros trepadores “deem a cara” neste dia.

Após um dos dias de descanso, iremos ter o primeiro contrarrelógio desta prova. Geralmente, um CR após um dia de descanso é motivo para alerta para muitos dos líderes das equipas…ainda por cima tendo a extensão de quase 40 km’s. Poderá ser uma das etapas decisivas para o desfecho final deste Giro. Na etapa 14, iremos ter a subida a Oropa, numa espécie de “tributo” à lenda que foi e é Marco Pantani. Serão 11,8 km’s com 6,2% de inclinação e qualquer ciclista italiano quererá aparecer em grande para esta etapa.

Após outro dia de descanso, temos, provavelmente, a etapa mais exigente de toda esta prova (com 222 km’s), com a presença de três incríveis, e bem conhecidas no mundo do ciclismo, montanhas italianas: o Mortirolo (denominada recentemente por Scarponi Climb, em homenagem ao grande homem e ciclista italiano que faleceu recentemente num acidente, de seu nome Michele Scarponi), o Stelvio e a Umbrailpass – nome dado ao outro lado do Stelvio. Esta etapa 14 promete bastante… E, dois dias depois, aparece, talvez, a segunda etapa mais exigente da prova. Não tendo a incrível extensão da anteriormente mencionada (tem “apenas” 137 km’s), apresenta 5 contagens de alta/média montanha ao longo do percurso.

A brutal e igualmente exigente etapa 18  Fonte: procyclingstats.com
A brutal e igualmente exigente etapa 18
Fonte: procyclingstats.com

A 20.ª etapa inclui o Monte Grappa, tendo uma extensão com mais de 24 km’s e com inclinação de 5,3%, e a montanha com o nome de Foza (14 km’s a 6,7%). Esperemos que ainda nada esteja decidido para realmente ser uma etapa incrível e cheia de espetáculo antes do contrarrelógio final. Este mesmo CR irá ter menos de 30 km’s, mas acredito que fará diferenças significativas para se decidirem posições na classificação geral individual. Milão, como seria de esperar, foi a cidade escolhida para tal situação, visto que foi o local que iniciou e terminou a 1.ª edição do Giro d’Itália, em 1909.

Tal como foi mencionado, os grandes favoritos a conquistarem esta prova são 2 dos 4 melhores ciclistas da atualidade em provas de 3 semanas: Nairo Quintana, da Movistar, e Vincenzo Nibali, da Bahrain Merida.

O colombiano foi o vencedor em 2014 e está rodeado por uma excelente equipa. A terceira semana poderá ser a “semana de Nairo Quintana”. Já o italiano, que venceu o Giro em 2013 e 2016, aparece com uma equipa que apresenta uma qualidade diferente da que ele apanhou na poderosa Astana. Ainda assim, a sua motivação deve estar no topo, não só por parecer ser o único elemento que poderá contrariar Quintana e vencer este Giro em casa, como também pelo facto de que deverá querer homenagear o seu grande amigo e ex-colega de quarto por vários anos, de seu nome Michele Scarponi, vítima recente de um acidente. Será, igualmente, interessante, perceber se a própria Astana irá “aliar-se” à equipa de Nibali.

Nuno Raimundo
Nuno Raimundohttp://www.bolanarede.pt
O Nuno Raimundo é um grande fã de futebol (é adepto do Sporting) e aprecia quase todas as modalidades. No ciclismo, dificilmente perde uma prova do World Tour e o seu ciclista favorito, para além do Rui Costa, é Chris Froome.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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