Tendo em conta o tempo também perdido por Pinot e Bardet, a etapa seguinte serviu como uma forma de se “redimirem” do que havia acontecido. As qualidades dos dois ciclistas são conhecidas e realmente tiraram partido disso. As duas maiores esperanças francesas, provavelmente, para vencer o Tour nos próximos anos disputaram entre si a vitória ao sprint e ela sorriu a Thibaut Pinot, ciclista da FDJ. Froome não deu espaço aos seus adversários e só Daniel Martin lhe ganhou alguns segundos (nesta etapa, o próprio Froome chegou a ter perdida a camisola para Bardet, mas a Sky recuperou muito bem).
Na última etapa, a sensação de que a vitória não escaparia a Froome era quase certa, mas o pódio ainda estava em aberto, por exemplo. Numa típica fuga, Stephen Cummings, um hábito neste tipo de situações, soube controlar a corrida da melhor forma e vencer destacadamente a etapa. O homem da Dimension Data é daquelas que, muitas vezes, escolhe o dia correto para estar em fuga e para vencer nessa mesma fuga. Ou se não é numa fuga, é num ataque já nos últimos quilómetros. Impressionante, sem dúvida.
Tal como tinha dito, o pódio ainda estava em aberto e a verdade é que a “mentalidade agressiva” de Daniel Martin e Romain Bardet compensou e ambos tiraram Richie Porte para fora do pódio da geral individual final. Froome chegou seguro e, curiosamente, com o próprio Porte e com Contador. Para além da vitória de Chris Froome, há que destacar, novamente, os jovens Alaphilippe, Yates e Meintjes, 6.º, 7.º e 9.º classificado da geral, respetivamente. Excelente prova deste trio e a serem 3 bons exemplos de como o futuro está muito bem assegurado na modalidade.
A classificação dos pontos foi para Hagen, sendo que o eritreu Daniel Teklehaimanot voltou a vencer uma classificação das montanhas (um verdadeiro “especialista” nesta vertente) e Alaphilippe, perante a forte e apertada concorrência de Yates e Meintjes, conseguiu mesmo segurar a camisola da juventude. Por fim, a Sky foi a melhor equipa e com um bom avanço de todas.
Antes de voltarmos a solo francês, é preciso salientar o que aconteceu em solo suíço. O Tour de Suisse foi mais uma prova que começou com um contrarrelógio individual e Cancellara, a “jogar em casa”, venceu pela última vez uma etapa em terras suíças. O enorme apoio do público foi notável, principalmente aquando do fim da sua prova e por verem que ele tinha feito mesmo o melhor tempo. Ainda assim, Roelandts e Durbridge ficaram muito perto, a cerca de 1 e 2 segundos, respetivamente, do suíço.