Encontra-se tudo em aberto na Vuelta, após nove dias de muito ciclismo foi o colombiano Quintana a levar a camisola vermelha para o dia de descanso. Ficam a faltar ainda doze etapas para o final da prova espanhola.
Tudo começou nas Salinas de Torrevieja, com um contrarrelógio coletivo de 13.4 quilómetros. Acabou por haver uma vencedora improvável, a Astana Pro Team! Fizeram o percurso em 14m:51s e bateram toda a concorrência. A Deceuninck-Quick Step ficou a dois segundos e a Team Sunweb a cinco segundos.
Neste dia, houve uma queda coletiva de uma das principais candidatas à vitória, a Jumbo-Visma, com os seus líderes (Roglic e Kruijswijk) a irem ao chão. A equipa belga da Quick-Step viu-se incomodada com um dos veículos de apoio à Jumbo-Visma e acabou por sair um pouco penalizada no seu tempo final.
Etapa 1 – Stage 1 | #LaVuelta19
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Com este cenário, o primeiro líder desta edição seria Miguel Ángel López, sendo ele um dos principais candidatos à vitória final.
No segundo dia, com a chegada a Calpe foi o colombiano Quintana quem brilhou. Os ataques foram muitos entre os favoritos, mas num grupo de indecisões, foi o homem da Movistar quem se mostrou mais decidido, com um ataque nos últimos quilómetros. Seguiu sozinho até à meta, com uma diferença de cinco segundos para o grupo perseguidor (Roche, Roglic, Urán, Aru).
O grupo dos favoritos chegou a 37 segundos, liderado por Sergio Higuita e Pogacar. Na classificação da geral individual, Nicolas Roche (Team Sunweb) acabou por passar para o primeiro lugar, visto que estava apenas a cinco segundos de López e tinha feito um contrarrelógio melhor do que Quintana. Em segundo lugar ficou Quintana a dois segundos e em terceiro Rigoberto Urán (EF Education) a oito segundos.
Numa das poucas oportunidades para os homens mais rápidos, na terceira etapa, com a chegada a Alicante, foi um dia de excelência para a Irlanda. Com um final um pouco acidentado, ainda houve uma tentativa fugaz de Thomas De Gendt, mas sem efeito, sobraram alguns sprinters para discutir a vitória no final do dia.
O homem da Bora-Hansgrohe, Sam Bennett, foi o ciclista mais forte no final, batendo Edward Theuns (Trek-Segafredo) e Luka Mezgec (Mitchelton-Scott). Num dia em que Angel Madrazo cimentou mais a sua liderança da camisola da montanha e na geral individual Nicolas Roche manteve o primeiro lugar. Dois irlandeses a brilharem na maior prova espanhola.
No dia seguinte, na etapa 4, com chegada a El Puig, a chegada foi mais uma vez ao sprint. Com uma velocidade média de 43.109 km/h, sendo esta uma das etapas com melhor média desta edição, o pelotão liderado pela Deceuninck- Quick-Step e pela Bora fez um trabalho excecional para os seus sprinters. Rémi Cavagna (Quick-Step) desferiu um ataque nos quilómetros finais, mas acabou por não surtir efeito.
O lançamento de Richeze foi fantástico e colocou Jakobsen nas portas da vitória, em que o holandês acabou por não desiludir e conquistou assim a sua primeira vitória em Grandes Voltas. Bateu por centímetros o irlandês Sam Bennett e em terceiro lugar terminou Gaviria.
Na geral individual ficava tudo na mesma, com Roche na liderança da Vuelta. Num dia que fica marcado também pela desistência de um dos líderes da Jumbo-Visma, Steven Kruijswijk.