Tadej Pogačar renova título e aproxima-se do consílio dos deuses

PORQUE OS “HUMANOS” TAMBÉM MERECEM UM DESTAQUE…

Alguns destes, de humano, talvez tenham pouco, tamanhas foram as suas prestações. Wout van Aert é o principal nome a ter em conta para esta lista positiva. Era para apoiar Roglic, apoiou Vingegaard. Tentou chegar à amarela de Mathieu van der Poel, não conseguiu. O Tour do todo-o-terreno belga ainda foi a tempo de se tornar incrível. Ora vejamos, uma vitória em etapa com dupla ascensão ao Mont Ventoux, um triunfo num contrarrelógio de 30 quilómetros e, para fechar em chave de ouro, uma vitória nos campos elísios num sprint compacto.

É preciso recuar muito para encontrar alguém tão polivalente e que efetivamente apresente resultados deste calibre. O belga oriundo do cyclo-cross já não é uma surpresa para ninguém, mas o que fez neste Tour, foi, sem dúvida, uma bela surpresa. É completo e tem selo de vitória, resta saber quais os caminhos que vai percorrer no futuro. Fica toda a ideia de que, com a preparação, físico e mentalidade ideal, Wout van Aert pode conseguir lutar seja porque objetivo for!

A Julian Alaphilippe, Mathieu van der Poel, Tadej Pogačar ou Mark Cavendish, principais figuras da primeira semana, e que evidentemente já mereceram o devido destaque, junta-se a incrível veia vitoriosa da Bahrain Victorius, outro dos pontos que merece a capa de jornal. Privados de Jack Haig, líder para esta edição do Tour, a equipa somou, nada mais, nada menos, do que três vitórias (duas para Matej Mohoric e uma de Dylan Teuns), esteve perto de vencer a camisola da montanha (Wout Poels bateu Quintana e Woods), mas Pogacar roubou a camisola das bolinhas na derradeira etapa de grande relevo) juntando a classificação por equipas com larga distância para a EF Education-Nippo e a Team Jumbo-Visma.

Em termos de equipas, mencionar a Alpecin-Fenix (duas vitórias), a AG2R Citroen (uma vitória e 4º lugar na geral), a Bora-Hansgrohe (sem Peter Sagan no seu melhor, duas vitórias com Nils Politt e Patrick Konrad) e claro, a Team Jumbo-Visma, com quatro vitórias (três para van Aert e uma para Sepp Kuss) e a Deceuninck Quick-Step (quatro de Cavendish e uma de Alaphilippe). Referência ainda para a B&B Hotels, que viu Franck Bonnamour levar o prémio de combatividade para casa. Em bom plano, para além dos anteriormente mencionados, colocar em cima da mesa corredores como Sonny Colbrelli, Bauke Mollema, Brent Van Moer, Sergio Higuita, Rúben Guerreiro, Mattia Cattaneo ou Ide Schelling.

Do outro lado da moeda, as desilusões. A Ineos-Grenadiers conseguiu um pódio, mas nem sequer uma etapa. A Cofidis conseguiu um top10, mas continua há mais de 12 anos sem saber o que é ganhar no Tour. Dentro das formações francesas, Bouhanni e Quintana ainda estiveram perto da glória, mas não conseguiram nada para a Team Arkéa Samsic. A Groupama-FDJ foi a mais azarada: falhou os 10 mais com Gaudu e viu Démare abandonar prematuramente a competição. Inúmeras formações não venceram nem concluíram os seus objetivos mínimos, destacando-se o quão apagadas estiveram a Israel Start-Up Nation, Movistar ou Team BikeExchange, por exemplo.

Geraint Thomas, Miguel Ángel López, Tao Geoghegan-Hart, Alejandro Valverde, Michael Woods, Valentin Madouas, Pierre Latour, entre outros, não tiveram a importância que se pensava poderem vir a ter para a corrida, fazendo parte das formações mais fustigadas pela ausência de pontos positivos. Tal como a própria competição, feita de um alto (primeira semana) e um baixo (duas semanas mais contidas), os corredores, apesar das graves quedas que marcaram os planos de muitos conjuntos, foram, mais uma vez, os grandes heróis, daquela que foi a centésima oitava edição da prova.

Emoção, tristeza e muito ciclismo. Foi Tour de France, Foi a nova veia de corredores mentalmente atacantes, foi o ressuscitar de uma lenda, foi um aparente regresso à normalidade para os adeptos, foi sangue, suor e Tadej Pogačar, o diamante que cresce a cada competição. O futuro reserva coisas muito boas para esta modalidade e a Vuelta, que começa já no próximo mês, pode ser a primeira batalha para equilibrar forças com o deus esloveno que não para de cimentar o seu caminho rumo ao Olimpo!

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O Ricardo é licenciado em Comunicação Social. Natural de Amarante, percorreu praticamente todos os pelados do distrito do Porto enquanto futebolista de formação, mas o sonho de seguir esse caminho deu lugar ao objetivo de se tornar jornalista. Encara a escrita e o desporto como dois dos maiores prazeres da vida, sendo um adepto incondicional de ciclismo desde 2011.

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