Nota, igualmente, para Daniel McClay. O sprinter da Fortuna, um dos ciclistas que tinha apontado como um dos sprinters a ter em atenção para este Tour, tem aproveitado muito bem estas oportunidades e conseguiu finalmente chegar ao pódio nesta etapa. O jovem britânico de Leicester pode, numa das próximas etapas ao sprint, fazer como a equipa da sua cidade e surpreender tudo e todos com uma vitória.
As etapas 7, 8 e 9, nos Pirinéus, foram conquistadas, respetivamente, por Cummings, Froome e Dumoulin. O ciclista da Dimension Data voltou a mostrar que é um “mestre das fugas” e venceu, novamente, uma etapa em fuga numa prova deste género. Um verdadeiro “especialista” no que toca a este tipo de situações de corrida.
Depois, na etapa seguinte, tivemos espetáculo por parte de Chris “Vroom Vroom” Froome. Depois de algumas tentativas de ataques por parte de alguns dos favoritos, eis que o britânico aproveita uma ligeira “distração” de todos e ataca logo no início da última descida do dia. Ganhou uma vantagem de uns bons metros para o grupo logo atrás de si e não mais os perdeu. No fim de contas, conseguiu ficar com 13 segundos de avanço dos seus mais diretos perseguidores e vencer mais uma etapa no Tour de France!
Por fim, na nona etapa, mais uma fuga a ter sucesso. Depois das tentativas anteriores de Rui Costa em integrar uma fuga, finalmente entra na correta e tem a possibilidade de discutir a vitória num dia tão importante para Portugal e para os portugueses (que já tinham visto alguns momentos de glória no atletismo e esperavam que o ciclismo e o futebol repetissem os feitos).
Numa altura em que o próprio Rui Costa e o francês Thibaut Pinot, numa clara representação do que iria ser a final do campeonato europeu de futebol, estavam lado a lado e a mostrar que eram aqueles que mais queria vencer a etapa, eis que surge, numa parte mais “plana”, Tom Dumoulin, o campeão de CR e especialista em rolar nestes terrenos. Conseguiu uma vantagem razoável (Rui, Pinot e os restantes deram-lhe espaço para tal) e, tal como fez noutras provas, depois foi “só” controlar na subida final a Andorra.
Rui Costa terminou em segundo, à frente de Majka, Navarro, Anacona e Pinot. O português não venceu a etapa, mas mostrou-se em boa forma para voltar a tentar nos próximos dias e dar a primeira vitória portuguesa no Tour de France deste ano. Nesta etapa, é preciso destacar o abandono de Alberto Contador, um dos favoritos a vencer esta prova. Quedas e perdas de tempo resultaram nisto. Provavelmente, iremos ter aqui o mais forte candidato a vencer a Vuelta deste ano.