Tour de France 2017 – E vão 4 para Chris Froome!

    Surpresas:

    É impossível falar em surpresas deste Tour sem começar com Rigoberto Uran (Cannondale – Drapac). O colombiano já havia sido 2º no Giro d’Italia em 2013 e 2014, mas desde aí nunca mais se mostrara a esse nível. Partindo para o Tour como apenas mais um candidato a estar na parte inferior do top10, Uran esteve impecável nas montanhas e fez um bom contrarrelógio em Marselha para ser 2º na geral final, levando também uma vitória em etapa. Criticado pelos adeptos por não ter atacado Chris Froome, Uran disse que o segundo lugar lhe parecia bastante bom. Tendo em conta as expectativas, não se pode dizer que esteja errado.

    Mikel Landa (Team Sky) não surpreendeu tanto pela sua qualidade, mas mais pela forma física. Mesmo após ter feito um Giro d’Italia em que recuperou de uma queda para andar ao ataque na parte mais montanhosa da corrida, vencendo uma etapa e a camisola da montanha, Landa apareceu no Tour com capacidade para estar junto dos melhores e pareceu sempre um dos mais frescos na montanha. Ser 4º no Tour de France enquanto se trabalha para um colega não é para todos, fazê-lo após um Giro desgastante, muito menos.

    A outra grande surpresa da montanha foi Warren Barguil (Team Sunweb), vencedor de duas etapas e da camisola às bolinhas, 10º na geral e eleito o Supercombativo do Tour. Após um ano de 2016 desapontante e uma queda e fratura no Tour de Romandie deste ano que lhe estragou boa parte da preparação para La Grande Boucle, as aspirações eram baixas, mas o francês deslumbrou com o seu estilo atacante e conquistou um lugar no coração dos seus compatriotas.

    Warren Barguil
    Fonte: Warren Barguil

    Nos sprints, Edvald Boasson Hagen (Dimension Data) esteve na disputa com uma capacidade de aceleração superior à que estamos habituados e, ficando 5 vezes entre o 2º e o 3º nas disputas em pelotão compacto, meteu-se numa fuga e venceu isolado a sua etapa. Para um ciclista que tanto prometia na sua juventude e que venceu 2 etapas no Tour de 2011, foi agradável vê-lo de regresso à luta direta com os melhores do mundo.

    Finalmente, não se pode deixar de mencionar a vitória de Maciej Bodnar (Bora – hansgrohe) no contrarrelógio de Marselha. O polaco é um ciclista forte e regular nos esforços individuais, mas poucos acreditariam que seria capaz de bater todos os grandes favoritos do dia e levar de vencida a sua primeira etapa numa Grande Volta.

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