Tour de France 2017 – E vão 4 para Chris Froome!

    Desilusões:

    Várias foram as desilusões no Tour neste ano. Nas diversas áreas, houve ciclistas que não produziram aquilo que se esperava deles, tendo performances muito aquém do esperado, não vou incluir aqui ciclistas que por motivos de queda não tiveram as prestações esperadas mas sim aqueles que em condições normais teriam de fazer muito melhor do que aquilo que mostraram.

    Começando pelo sprinters, a concorrência é sempre grande quando se luta pela camisola verde e se tenta ser o rei dos sprinters. André Greipel tem esse perfil e talvez por isso exigia-se mais do alemão, o seu histórico também jogava a favor dele, com 11 etapas conquistadas no Tour, Greipel estará sempre na linha da frente entre os favoritos à vitória ao sprint mas talvez o peso da idade já se comece a notar nas suas performances. Ficará sempre um sabor amargo por não ter vencido nenhuma etapa nesta edição do Tour.

    Quem também esteve num nível abaixo no que a sprints diz respeito foi o norueguês Alexander Kristoff, que ainda alcançou um segundo lugar na 4ª etapa na chegada a Vittel, etapa essa onde Cavendish caíu e Sagan foi desqualificado mas que foi manifestamente pouco por todo o potencial que o norueguês tem e por aquilo que a sua equipa veio a trabalhar para ele tentando sempre deixá-lo bem colocado nas chegadas ao sprint.

    Na alta montanha e na luta pela camisola das bolinhas a minha surpresa pela negativa vai para Pierre Roland. Depois de ter feito um bom Giro de Itália, o francês, sem atributos para lutar pela geral, poderia ter estado na luta pela camisola da montanha mas nem isso. Rolland passou ao lado da prova estando muito pouco envolvido nas etapas de montanha.

    Nairo Quintana provou que lutar pela geral no Giro e no Tour é quase impossível. Depois de ter perdido o Giro para Dumoulin o colombiano apresentava-se no Tour como um dos concorrentes de peso contra Froome mas cedo se percebeu que o colombiano iria ser tudo menos um concorrente para Froome. Nairo pode alegar que o esforço despendido no Giro foi factor determinante para o seu rendimento mas não se pode escudar nessa desculpa, sendo que talvez a ideia inicial da Movistar seria levar Quintana no apoio a Valverde mas a queda e consequente desistência do espanhol colocaram Quintana como número um e com uma pressão que talvez o colombiano não contasse.

    Quintana
    Fonte: Nairo Quintana

    Uma nota de destaque também pela negativa relaciona-se com as quedas e posteriores desistências de Alejandro Valverde, Richie Porte e Geraint Thomas, que tiraram um pouco de brilho nas etapas onde se lutava pela geral e deixaram os adeptos com um amargo de boca a pensar o que poderia ter sido a prova com todos estes intervenientes.

    Por fim, nota negativa para a falta de coerência do júri da competição, principalmente em duas situações. A primeira relacionada com a expulsão de um ciclista numa situação que foi bastante evidente que, no mínimo, era muito duvidosa e não merecia o desfecho que teve. Aliás, a primeira decisão da organização até teria sido a mais correta, mas depois acabaram por mudar… Depois, a segunda situação está relacionada com as penalizações a Bennett e Urán por terem abastecido dentro dos últimos quilómetros (algo que, para mim, nem faz sentido ser-se penalizado por tal, mas adiante), sendo que após se terem apercebido de que Bardet também tinha feito o mesmo, então acabaram por retirar a penalização para todos. Situações insólitas e que precisam de ser melhoradas para futuras edições daquela que devia ser a todos os níveis a melhor prova de ciclismo do mundo.

    Artigo de: José Baptista, Nuno Raimundo e Tiago da Silva Ferreira

    Foto de Capa: Tour de France

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