Vincenzo Nibali: O «Tubarão» do pelotão

    CORRER NO MEIO DE PEIXES GRAÚDOS

    Quando chega a profissional, os dois primeiros anos foram um bocado apagados para Vincenzo Nibali. Com resultados interessantes, incluindo a primeira vitória, num contrarrelógio coletivo na Settimana Internazionale di Coppi e Bartali. Os resultados mais interessantes ainda eram mesmo os top 5 nos campeonatos italianos de contrarrelógio.

    Em 2007, estreia-se nas grandes voltas, mais concretamente na Volta a Itália. A estreia foi com chave de ouro, uma vez que a sua equipa (a Liquigas) ganhou a primeira etapa, um contrarrelógio coletivo. Nibali fez alguns top 10 em etapas, incluindo no contrarrelógio individual e ainda vestiu a camisola da juventude durante a primeira semana.

    Não descansou muito depois do Giro e foi ganhar duas etapas, assim como a classificação por pontos da Volta à Eslovénia. Ainda no fim desse mês de junho, foi vice-campeão italiano no esforço individual. Em 2008, conquista a primeira corrida por etapas enquanto profissional: o Giro del Trentino (atualmente designada por Volta aos Alpes).

    Os top 10 eram cada vez mais recorrentes e em corridas mais importantes. Em 2009, Vincenzo Nibali alcança o primeiro top 10 da carreira em provas de três semanas, ao acabar o Tour na sétima posição, depois de já contar com um top 10 na Volta ao País Basco e no Critérium du Dauphiné Liberé (atual Critérium du Dauphiné).

    Aos 25 anos, o “Tubarão de Messina” faz uma das melhores temporadas da carreira. Alcança o primeiro pódio numa grande volta ao alcançar o terceiro lugar do Giro, como gregário de Ivan Basso. Pódio este que lhe valeu a liderança na Volta a Espanha. Nibali não perdeu a hipótese e numa luta até ao fim frente a Ezequiel Mosquera (e ainda com adversários como Joaquim Rodriguez e Frank Schleck) ganhou a primeira grande volta da carreira. Fez ainda top 5 na Volta a Lombardia.

    Em 2011, fecha o Giro novamente no terceiro lugar, mas a desclassificação de Alberto Contador promoveu o “Tubarão” ao segundo lugar. Um ano depois, Nibali completa o feito de ocupar lugares do pódio em todas as corridas de 3 semanas, com um terceiro lugar na Volta à França, sendo o melhor corredor fora da Sky, ao ficar atrás do duo de Christopher Froome e Bradley Wiggins.

    Em 2013, fica muito perto de fazer a primeira dobradinha da carreira. Domina completamente um Giro, no qual fizesse sol, chuva ou até neve, Nibali era simplesmente o melhor, superiorizando-se numa corrida que contava com Bradley Wiggins e Cadel Evans, os dois anteriores vencedores da Volta a França.

    Numa das melhores condições físicas da carreira, perdeu a Vuelta por 37 segundos para um veteraníssimo Christopher Horner. À entrada da penúltima etapa, uma chegada ao alto do Angliru, tinha apenas 3 segundos de atraso para o norte americano e não fosse um pequeno deslize da bicicleta de Nibali durante a subida, se calhar a corrida tinha sido mesmo decidida nas bonificações.

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    Filipe Pereira
    Filipe Pereira
    Licenciado em Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Filipe é apaixonado por política e desporto. Completamente cativado por ciclismo e wrestling, não perde a hipótese de acompanhar outras modalidades e de conhecer as histórias menos convencionais. Escreve com acordo ortográfico.