CORRER NO MEIO DE PEIXES GRAÚDOS
All stories, even the most exciting ones, eventually come to an end. It is nice that the farewell to cycling comes on the roads of @Il_Lombardia, on which we have written some historical pages of this sport. One more race, just one, let’s dream on together. Grazie @vincenzonibali pic.twitter.com/MZCSEWCJDt
— Giro d’Italia (@giroditalia) October 8, 2022
Quando chega a profissional, os dois primeiros anos foram um bocado apagados para Vincenzo Nibali. Com resultados interessantes, incluindo a primeira vitória, num contrarrelógio coletivo na Settimana Internazionale di Coppi e Bartali. Os resultados mais interessantes ainda eram mesmo os top 5 nos campeonatos italianos de contrarrelógio.
Em 2007, estreia-se nas grandes voltas, mais concretamente na Volta a Itália. A estreia foi com chave de ouro, uma vez que a sua equipa (a Liquigas) ganhou a primeira etapa, um contrarrelógio coletivo. Nibali fez alguns top 10 em etapas, incluindo no contrarrelógio individual e ainda vestiu a camisola da juventude durante a primeira semana.
Não descansou muito depois do Giro e foi ganhar duas etapas, assim como a classificação por pontos da Volta à Eslovénia. Ainda no fim desse mês de junho, foi vice-campeão italiano no esforço individual. Em 2008, conquista a primeira corrida por etapas enquanto profissional: o Giro del Trentino (atualmente designada por Volta aos Alpes).
Os top 10 eram cada vez mais recorrentes e em corridas mais importantes. Em 2009, Vincenzo Nibali alcança o primeiro top 10 da carreira em provas de três semanas, ao acabar o Tour na sétima posição, depois de já contar com um top 10 na Volta ao País Basco e no Critérium du Dauphiné Liberé (atual Critérium du Dauphiné).
Aos 25 anos, o “Tubarão de Messina” faz uma das melhores temporadas da carreira. Alcança o primeiro pódio numa grande volta ao alcançar o terceiro lugar do Giro, como gregário de Ivan Basso. Pódio este que lhe valeu a liderança na Volta a Espanha. Nibali não perdeu a hipótese e numa luta até ao fim frente a Ezequiel Mosquera (e ainda com adversários como Joaquim Rodriguez e Frank Schleck) ganhou a primeira grande volta da carreira. Fez ainda top 5 na Volta a Lombardia.
Em 2011, fecha o Giro novamente no terceiro lugar, mas a desclassificação de Alberto Contador promoveu o “Tubarão” ao segundo lugar. Um ano depois, Nibali completa o feito de ocupar lugares do pódio em todas as corridas de 3 semanas, com um terceiro lugar na Volta à França, sendo o melhor corredor fora da Sky, ao ficar atrás do duo de Christopher Froome e Bradley Wiggins.
Em 2013, fica muito perto de fazer a primeira dobradinha da carreira. Domina completamente um Giro, no qual fizesse sol, chuva ou até neve, Nibali era simplesmente o melhor, superiorizando-se numa corrida que contava com Bradley Wiggins e Cadel Evans, os dois anteriores vencedores da Volta a França.
Numa das melhores condições físicas da carreira, perdeu a Vuelta por 37 segundos para um veteraníssimo Christopher Horner. À entrada da penúltima etapa, uma chegada ao alto do Angliru, tinha apenas 3 segundos de atraso para o norte americano e não fosse um pequeno deslize da bicicleta de Nibali durante a subida, se calhar a corrida tinha sido mesmo decidida nas bonificações.