Acabou mais uma Volta ao Algarve e, desta vez, com a possibilidade de dizermos que foi finalmente possível acompanhar um pouco desta prova, em direto na Eurosport, e vermos o que de melhor os ciclistas internacionais e nacionais podem fazer em Portugal e, mais propriamente, no sul do país. Como de costume, o Malhão voltou a decidir e confirmar o vencedor desta prova.
Indo ao princípio, esta volta começou da melhor forma com um sprint entre um verdadeiro elenco de luxo, e onde Gaviria mostrou todo o seu potencial e venceu à frente de nomes como Greipel ou Bouhanni. Mais uma grande vitória para o jovem ciclista colombiano, que continua a demonstrar o seu imenso potencial e a conquistar vitórias importantes.
Na etapa seguinte, Daniel Martin (talvez o nome mais forte para a montanha na prova deste ano) e Roglic, dois dos mais fortes candidatos a vencerem a prova, disputaram a vitória na montanha ao sprint (vitória para o irlandês da Quick-Step) e, mesmo ainda faltando uma grande etapa de montanha, após o final da etapa era possível apontar Roglic como o mais forte candidato a vencer a Volta ao Algarve, visto que no contrarrelógio só deveria ser batido por alguns dos especialistas em contrarrelógio e, como provou a primeira etapa de montanha, não seria fácil batê-lo em tal vertente.
Amaro Antunes, Nocentini e Edgar Pinto (devia ter ficado mais tempo por cá, visto que neste momento poderia estar numa equipa com outras ambições, porque é um ciclista que tem imensa qualidade e já o provou várias vezes – ainda assim, é bom ver que percebeu isso, voltou a Portugal e está a recompor-se da melhor forma) a fazerem um excelente início de prova e a mostrarem que iriam ser os candidatos mais fortes a poder dar alegrias às equipas portuguesas, em termos de classificação geral.
A terceira etapa estava dedicada ao contrarrelógio. Cerca de 18 kms pela frente e um percurso que era o ideal para os verdadeiros especialistas. O espanhol Castroviejo e o alemão Tony Martin eram encarados como os favoritos a vencerem a etapa, principalmente por serem o campeão europeu e campeão mundial, respetivamente. O ciclista da Movistar superou o ciclista da Katusha e arrecadou a vitória da melhor forma possível, frente ao campeão do mundo da especialidade.
Como esperado, Primoz Roglic não se deixou bater por nenhum dos candidatos à vitória final, sendo que o polaco Kwiatkowski foi o único a chegar-se perto do esloveno e a poder tirar-lhe a vitória no final desta Volta ao Algarve 2017. Como também era expetável, Nélson Oliveira foi o único português a conseguir estar no top10 da etapa.