GP EUA: Max Verstappen, o Ranger do Texas

    A CORRIDA: NO RANCHO DE COTA, MAX FOI O MELHOR COWBOY

    400 mil pessoas assistiram, no Circuito das Américas, ao 17.º capítulo do Mundial de Fórmula 1. Depois de Max Verstappen ter conquistado a pole position na qualificação, cresceu ainda mais a água na boca para o que poderia ser a nova página da batalha com Lewis Hamilton. O livro está longe de estar acabado.

    O arranque prometia um elevar das cadeiras por parte dos fãs e não desiludiu. Lewis Hamilton reagiu mais rapidamente no apagar dos semáforos e, na primeira curva, assumiu a dianteira da corrida. Max Verstappen saiu um pouco da pista e só viu o rival a passar-lhe pelo lado esquerdo, sem capacidade de conquistar a posição durante as primeiras voltas.

    O ritmo dos dois da frente era demasiado rápido para os restantes 18 carros. O único a conseguir manter-se na roda da frente era o mexicano da Red Bull, Sérgio Pérez, mas, mesmo assim, estava algumas vezes a mais de cinco segundos. A corrida entre os dois primeiros era algo à parte.

    Um pouco mais atrás, existia a luta pelos lugares um pouco mais abaixo no Campeonato de Construtores, mais concretamente o terceiro e o quarto. A sanduíche entre a McLaren e a Ferrari era uma prova à parte, que o monegasco Charles Leclerc liderou para a Scuderia italiana e foi dono e senhor do quarto lugar.

    Muito cedo, as equipas começaram a chamar os pilotos para a primeira paragem nas boxes. Na dianteira, foi a Red Bull a primeira a parar, primeiro com Max Verstappen e, logo depois, com Sérgio Pérez. Seguiu-se um undercut, como mandam os livros, visto que Hamilton parou algumas voltas depois. Assim, o leão holandês tornou-se o líder do Grande Prémio dos Estados Unidos da América.

    Durante uma fase mais calma da corrida, a realização deu espaço à visualização de outras batalhas. O espanhol Fernando Alonso foi protagonista de duelos “quentinhos” com os dois Alfa Romeo, Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi.

    Primeiro foi vítima de um toque com Kimi Raikkonen e, pouco depois, lutou pela posição com o finlandês. Pelo meio, também se assistiu ao abandono de Pierre Gasly, da Alpha Tauri, com um problema na suspensão. As características do asfalto de COTA fizeram a primeira vítima.

    Depois da segunda paragem para a maioria dos atletas, foi tempo de assistir a mais uma batalha que marcou o Grande Prémio. Daniel Ricciardo, da McLaren e Carlos Sainz Jr., da Ferrari, lutavam pelo quinto lugar da corrida. Se o espanhol da equipa italiana conseguisse ultrapassar o australiano, a Ferrari passava para o quarto lugar do Mundial de Construtores.

    As voltas passaram, mas o lugar ficou mesmo para o carro número três. Pior ficou Sainz quando percebeu que padecia de um problema na asa dianteira, que o atrasou ainda mais. Ciente das dificuldades do piloto da frente, foi hora de Valtteri Bottas aproveitar e “roubar” o sexto lugar.

    Neste caso, o melhor do Grande Prémio fica para o final da crónica. Peter Bonnington avisou Hamilton: “A corrida vai se decidir nas últimas três voltas”. Max tinha parado primeiro e Lewis tinha vantagem com pneus menos desgastados. As voltas eram completas, o final da corrida ficava mais próximo e Hamilton parecia conseguir ultrapassar Verstappen.

    O som ambiente no Circuito das Américas foi menos intenso durante alguns minutos, devido à tensão do momento. O leão holandês manteve a liderança com unhas e dentes e manteve Lewis Hamilton fora da zona de DRS em momentos fulcrais. Quando Max Verstappen avançou até às últimas curvas, já se cantava vitória.

    No momento em que o carro número 33 da Red Bull Racing passou a reta da meta, o fogo de artifício nos céus texanos confirmou a oitava vitória na temporada. Os 25 pontos conquistados, em relação aos 18 de Hamilton, permitiram que Verstappen aumentasse a vantagem na dianteira do Mundial de Pilotos em 12 pontos.

    Quando se assistiu ao melhor arranque de Lewis Hamilton, poucos esperavam que também desse início a uma das melhores corridas da temporada.

    A verdade é que os corações dos fãs de Fórmula 1 bateram, mais uma vez, muito rápido devido à emoção de um Grande Prémio. Felizmente, estas batalhas são frequentes, algo que é muito apreciado pelo lado dos espectadores.

    Agora, o paddock é desmontado do solo americano e o pensamento já está no México e no Autódromo Hermanos Rodríguez. Entre 5 e 7 de novembro, espera-se mais um combate entusiasmante num circuito que é, na teoria, mais favorável aos monolugares da RedBull, mas tudo pode acontecer. Que os dias passem rápido!

    Foto de Capa: Red Bull Racing

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    Clara Maria Oliveira
    Clara Maria Oliveirahttp://www.bolanarede.pt
    A Clara percebeu que gostava muito de Desporto quando a família lhe dizia que estava há muito tempo no sofá a ver Curling. Para isso não se tornar uma prática sedentária, pegava na caneta e escrevia sobre o que via e agora continua a fazê-lo.                              A Clara escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.