O que aprendemos com os testes de Sakhir | Fórmula 1

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    A adrenalina dos Grandes Prémios de Fórmula 1 está quase a chegar novamente e os testes de preparação para a nova temporada terminaram no Bahrain. Sergio Pérez (Red Bull) terminou com o tempo mais rápido, batendo inclusivamente a volta que valeu a pole position a Charles Leclerc em 2021, mas, mesmo estando toda a gente a esconder algum jogo, há algumas conclusões que achamos que podemos tirar.

    Em primeiro lugar, a Red Bull parece começar tão forte como acabou o ano passado. Especialmente nas mãos de Max Verstappen, o carro pareceu sempre muito forte em voltas rápidas e em ritmo de corrida, tendo também efetuado muitas voltas. Pérez ‘escondeu-se’ mais nos primeiros dias, mas também mostrou o potencial do carro no último dia. E se, no início do ano passado, a Red Bull parecia estar ligeiramente atrás da Ferrari, este ano parece partir à frente.

    A Ferrari, apesar de ter terminado a sete décimos de Pérez no terceiro dia, espera-se que possa dar luta em ritmo de qualificação, embora pareça que a Red Bull também tenha vantagem em ritmo de corrida. Seja como for, estas duas equipas, tal como no ano passado, são as que aparentam ter larga vantagem sobre as restantes.

    O que parece querer dizer que a Mercedes não parte nivelada com as melhores equipas. O ponto positivo dos Flechas Negras é que o carro já não sofre de porpoising, algo que os prejudicou muito no ano passado. E o último dia registou uma melhoria em relação ao segundo, mas ainda parecem ser a terceira equipa. E há mesmo quem pense que podem ter concorrência dos melhores do segundo pelotão na primeira prova.

    E o melhor desse segundo pelotão parece ser a Aston Martin nesta altura. A equipa verde aparenta ter dado um grande salto em relação a 2022, onde começou com um péssimo carro e foi evoluindo. Agora, o paddock vai destacando a Aston Martin como possível surpresa deste campeonato, e os sinais deixados por Fernando Alonso, sobretudo, são bem animadores. A única contrariedade prende-se com a lesão de Lance Stroll, que falhou os testes por lesão, e está em dúvida para o Grande Prémio.

    Se a Aston Martin é a grande surpresa pela positiva no segundo pelotão, a McLaren surge em sentido oposto. A equipa de Woking, que já tinha tido problemas nos testes do Bahrain de 2022, já não estava muito feliz com o carro no dia da sua apresentação e os testes mostraram porquê. Alguns problemas de fiabilidade levaram a que a McLaren fosse a equipa com menos voltas feitas e o ritmo também não foi grande coisa quando rodaram. É verdade que também começaram mal o ano passado e depois foram evoluindo, faltando saber se vai voltar a ser esse o cenário.

    Em relação às outras equipas, a Alpine parece estar otimista, embora o discurso pareça ser bem mais positivo do que aquilo que foi visto em pista. A AlphaTauri e a Williams efetuaram bastantes voltas, mas podem ser duas das principais candidatas aos últimos lugares do pelotão. E a Alfa Romeo e a Haas, não tendo sido extraordinárias, foram bastante sólidas ao longo dos três dias e podem estar otimistas para o primeiro Grande Prémio do ano.

    Para a semana, começa tudo a sério e a espera está quase a terminar. Estão previstos 23 Grandes Prémios entre março e novembro e a Red Bull parte como favorita a revalidar os títulos que conquistou em 2022. Veremos se a prática contraria ou confirma a teoria.

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    Bernardo Figueiredo
    Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.