Fórmula E 2023: A história que ficou escrita

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    Com o fim da nona temporada da Fórmula E, restam agora os momentos bem passados desde janeiro a julho de 2023, com vista para os testes, em dezembro.

    Fica aqui um pequeno resumo opinativo daquilo que foi este ano, com alguns pilotos protagonistas como guias.

    JAKE DENNIS SURPREENDE E TORNA-SE CAMPEÃO

    Foi o vencedor da primeira corrida do ano e só falhou o pódio cinco vezes em 16 corridas. Raramente largou Pascal Wehrlein e lutou com Nick Cassidy até à penúltima corrida. É o primeiro britânico campeão na categoria e conseguiu essa proeza na sua corrida de casa, quando tudo parecia estar a impedi-lo. Só faltou levar a Avalanche Andretti também ao campeonato, tendo terminado na terceira posição. Tornou-se o primeiro piloto desta geração a conseguir um Grand Slam.

    ESTEVE TÃO PERTO, CASSIDY

    Chegou com resultados pouco promissores até fazer um pódio na Índia; a partir daí foi sempre a melhorar, fazendo oito pódio e quatro vitórias para a Envision. Mostrou o talento que têm frente a frente com o campeão de 2015/16, Sebastien Buemi. O azar bateu à porta na penúltima corrida quando um toque entre ambos fez com que o neozelandês partisse a aza e quase tivesse um furo.

    GÜNTHER MOSTROU EVOLUÇÃO DA MASERATI

    Terminou em terceiro na segunda corrida da Alemanha, mostrando alguma evolução da equipa italiana, que começara tão mal a temporada nove. Fez companhia a ambos os Jaguar, mas não seria o seu único pódio – terminou ainda com mais três aparições. Conquistou a Indonésia ao terminar treinos, qualificações (incluindo duelos) e corrida em primeiro lugar, tendo apenas falhado a vitória na primeira partida. Conseguiu fechar a temporada na sétima posição do campeonato, depois de não ter pontuado em Londres.

    WEHRLEIN FICOU PELO “TENTAR”

    Pascal Wehrlein não poderia ter melhor início de temporada, como teve: fez pódio na primeira corrida e vencer as duas a seguir. Tudo parecia encaminhar-se para o alemão que liderava com uma boa margem para os seus rivais. Mas não demorou muito até os resultados deixarem de aparecer: apesar de só ficar uma vez sem pontuar (Cidade do Cabo), juntou poucos pontos para continuar em primeiro. Regressou ao degrau mais alto do pódio na primeira corrida da Indonésia e nunca mais o cheirou. Terminou em quarto no campeonato.

    JAKE HUGHES FOI RAZOÁVEL

    O rookie mostrou um ritmo brutal nas primeiras três corridas, até terminar pela primeira vez fora do pódio na Índia. A partir daí, estagnou e só repetiu resultados de louvar com a pole no Mónaco (que só por si é ótimo) e o quinto lugar também nessa pista. Tem ainda muito para aprender, mas para a primeira temporada correu melhor que o esperado, principalmente por ter René Rast como companheiro de equipa.

    A TEMPORADA AZARADA DE BIRD

    Não foi nada fácil a época que agora se encerra para Sam Bird. Ainda conseguiu três pódios para a Jaguar, mas não compensou os estragos que fez ao seu carro e ao do seu companheiro de equipa, Mitch Evans, em duas ocasiões (Índia e Jakarta #1). Apesar de inocentes, foram incidentes que custaram pontos preciosos a ambos, mas principalmente ao neozelandês. O futuro do britânico parece pouco promissor na equipa.

    FÉLIX DA COSTA APAGADO, MAS COM UMA VITÓRIA

    Foi o ano de ajudar o colega de equipa a tentar vencer o campeonato, mas nem assim foi possível. Foi complicada, falhando o TOP 10 oito vezes, mas conseguindo três pódios, um deles vitória, na Cidade do Cabo. O campeão de 2020 viu vários problemas a acontecerem-lhe, bem como azares em provas importantes. O incidente mais recente, em Roma, provou (mais uma vez) a diferença que o halo faz nestes carros e que, muito provavelmente, salvou a vida ao português.

    Podia fazer um parágrafo para todos os pilotos, mas aqueles que marcaram a temporada foram os mencionados. Menção honrosa para Sacha Fenestraz, que fez pole na Cidade do Cabo e Vergne que venceu na Índia e conquistou mais dois pódios.

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    Ana Catarina Ventura
    Ana Catarina Venturahttp://www.bolanarede.pt
    Esta é a Ana Catarina. Apaixonou-se pela Fórmula 1 com 14 anos e a partir desse momento, descobriu o mundo do desporto motorizado. Graças a isso, seguiu o caminho do jornalismo até se licenciar em Jornalismo e Comunicação, na capital do Alto Alentejo.